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Política

- Publicada em 01 de Abril de 2021 às 21:09

Planalto exonera chefe da Funarte, coronel Lamartine Barbosa Holanda

O presidente da Funarte, a Fundação Nacional das Artes, Lamartine Barbosa Holanda, foi exonerado do cargo nesta quarta-feira, como publicado em edição extra do Diário Oficial da União. Quem assina a portaria é o secretário-executivo da Casa Civil, Sérgio José Pereira.
O presidente da Funarte, a Fundação Nacional das Artes, Lamartine Barbosa Holanda, foi exonerado do cargo nesta quarta-feira, como publicado em edição extra do Diário Oficial da União. Quem assina a portaria é o secretário-executivo da Casa Civil, Sérgio José Pereira.
Coronel da reserva do Exército, Holanda havia assumido o cargo em setembro do ano passado. Ele foi o quinto presidente da Funarte no governo Bolsonaro. Seu substituto ainda não foi nomeado.
A demissão se dá em meio à uma crise do governo com os militares, a maior desde 1977.
Pela primeira vez na história, os três comandantes das Forças Armadas pediram demissão conjunta por discordar do presidente da República na terça-feira desta semana.
A Funarte tem como missão promover e incentivar a produção, a prática, o desenvolvimento e a difusão das artes no país, sendo responsável pelas políticas públicas federais de estímulo à atividade artística brasileira.
Depois da exoneração, o secretário da Cultura, Mario Frias, anunciou nesta quinta a "necessidade de reestruturação da Funarte" numa rede social. De acordo com ele, a pasta iniciou trabalhos "para que todos tenham acesso às políticas culturais de forma clara, rápida e objetiva".
Na nota, Frias fala também em "mudanças necessárias em busca da popularização da cultura", sem dar detalhes.
A exoneração de Holanda não é mencionada.
Em entrevista por telefone, o coronel Holanda afirmou ter apresentado um relatório que aponta inconsistências na pasta da Cultura, mas que neste documento não há denúncias ou retaliações.
Segundo Holanda, ele precisou dizer não a superiores hierárquicos, "por conta de equipamentos culturais importantísismos que não podem ser colocados em parceira público-privada". O coronel não quis dizer a quais chefes ou equipamentos se referia.
Holanda, contudo, se disse contra a privatização de equipamentos culturais públicos sem a participação da Funarte, já que dessa forma faltariam oportunidades para os produtores culturais pequenos acessarem a máquina pública, segundo ele.
Por fim, reafirmou o papel da Funarte, dizendo que o órgão merece ser preservado e que é o carro-chefe da cultura do Brasil, junto com a Ancine, a Agência Nacional do Cinema, e disse que fez o melhor possível pela área cultural durante a pandemia.
Além de um curso de roteiro na Escola de Cinema de São Paulo, Holanda não contava com experiência na área cultural ao assumir o cargo.
O coronel havia trabalhado com logística, é especialista em planejamento de ação estratégica e já presidiu a Câmara de Comércio Brasil-Albânia no Rio de Janeiro.
Antes de Holanda, a presidência do órgão foi ocupada por Luciano Querido, Dante Mantovani --duas vezes-- e Miguel Proença.
Querido foi por 13 anos funcionário do gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, onde participou dos primeiros passos da família Bolsonaro no mundo digital.
Agência Folhapress
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