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Política

- Publicada em 01 de Abril de 2021 às 03:00

Bolsonaro opta por antiguidade na cúpula militar

Cerimônia no Ministério da Defesa oficializou novos comandantes

Cerimônia no Ministério da Defesa oficializou novos comandantes


/SERGIO LIMA / AFP/JC
Buscando evitar uma escalada na pior crise militar desde 1977, o presidente Jair Bolsonaro escolheu para o comando das Forças Armadas oficiais-generais com perfis complementares, respeitando critérios de antiguidade caros aos militares. A apuração é da Folhapress. Ainda sofrendo os abalos secundários do terremoto que derrubou a cúpula militar brasileira em dois dias, Bolsonaro foi salomônico.
Buscando evitar uma escalada na pior crise militar desde 1977, o presidente Jair Bolsonaro escolheu para o comando das Forças Armadas oficiais-generais com perfis complementares, respeitando critérios de antiguidade caros aos militares. A apuração é da Folhapress. Ainda sofrendo os abalos secundários do terremoto que derrubou a cúpula militar brasileira em dois dias, Bolsonaro foi salomônico.
Indicou um criticado pelo bolsonarismo para chefiar o Exército, uma pessoa próxima do grupo para a Aeronáutica e um almirante visto como bolsonarista, mas ligado à antiga gestão da Defesa, para a Marinha. O movimento, coordenado pelo novo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, foi o de buscar apaziguar as tensões depois da traumática intervenção do governo no meio militar.
Bolsonaro demitiu sumariamente o general Fernando Azevedo da Defesa porque não via o apoio a ideias intervencionistas que gostaria entre os fardados da ativa - no governo, há vários ministros oriundos das Forças. A decisão pela renúncia coletiva inédita dos três comandantes, atravessada com um "eu sou o chefe aqui" seguido de ordem de demissão por Braga Netto, deixará marcas por muito tempo nas complexas relações civil-militares no governo do capitão reformado que saiu do Exército para entrar na política em 1988.
Houve agora uma busca por consenso em torno dos nomes dos novos chefes militares. No Exército, principal Força com 220 mil dos 380 mil militares do País, o cargo ficou com o general Paulo Sérgio, chefe do Departamento-Geral de Pessoal.
Uma entrevista concedida por ele no domingo ao jornal Correio Braziliense, na qual louvava o trabalho do Exército em manter a Covid-19 sob controle relativo em seu efetivo, gerou críticas duras no Palácio do Planalto. Bolsonaro o criticou por dizer que o Exército se preparava para uma terceira onda da Covid-19. Paulo Sérgio é um nome próximo do comandante que sai, Edson Leal Pujol.
Outra escolha tradicionalista é a de Almir Garnier para o Comando da Marinha. O almirante era o número 2 de Azevedo na Defesa, o que soa como um armistício em si. Ele é conhecido como uma figura hábil em negociações e afeito a composições, não conflito.
A nota bolsonarista, por assim dizer, ficou por conta da decisão da Força Aérea Brasileira (FAB). O brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Jr., comandante-geral da área de logística, atende aos critérios de antiguidade e é filho de um ex-comandante da Força. Baptista Jr. é uma ávido frequentador de redes sociais. Sua conta no Twitter difere pouco de um perfil bolsonarista moderado.
 
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