Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 29 de Março de 2021 às 21:02

Após reportagem do JC, deputada propõe força-tarefa para monitorar aplicação de vacinas no RS

Luciana defendeu a medida para evitar que, com a chegada de novos lotes, tenha dose parada

Luciana defendeu a medida para evitar que, com a chegada de novos lotes, tenha dose parada


Joal Vargas/Agência ALRS/JC
Patrícia Comunello
Após reportagem do Jornal do Comércio mostrar que o vacinômetro da Covid-19 gaúcho aponta que quase 40% das doses de imunizantes contra a Covid-19 já distribuídas não teriam sido ainda aplicadas, a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) propôs a montagem de uma força-tarefa para monitorar o ritmo da imunização.
Após reportagem do Jornal do Comércio mostrar que o vacinômetro da Covid-19 gaúcho aponta que quase 40% das doses de imunizantes contra a Covid-19 já distribuídas não teriam sido ainda aplicadas, a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) propôs a montagem de uma força-tarefa para monitorar o ritmo da imunização.
Luciana enviou ofício ao governador Eduardo Leite defendendo a medida para evitar que unidades demorem a chegar à população. O expediente seria importante, segundo a deputada, ainda mais agora que a quantidade de vacinas entregues ao Estado aumentou e deve acelerar. 
"Precisamos saber o que está acontecendo e ter uma resposta concreta a este problema", argumenta a parlamentar, na nota.
Nesta segunda-feira (29), o Instituto Butantan informou que entregou mais 5 milhões de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde, que deve despachar às unidades da federação esta semana ainda. A nova remessa pode significar a maior quantidade a ser recebida pelo Estado desde o fim de janeiro, quando começou a campanha de vacinação.
Até agora foram 10 remessas, somando 2,2 milhões de doses. Deste total, 2,14 milhões de unidades foram enviadas aos 497 municípios gaúchos, de acordo com a população alvo, que agora é de grupos prioritários. Nesta segunda, o vacinômetro indica que 1,34 milhão de imunizantes haviam sido aplicados.  
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) atribuiu o volume que não teria ainda sido ministrado à demora na atualização de dados pelos municípios, que têm 48 horas para inserir os registros no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), aos lotes reservados para a segunda dose e a dificuldades estruturais das áreas da saúde de algumas localidades para fazer a atualização.
A sobrecarga de atendimento da pandemia acaba limitando a oferta de profissionais para atuar na imunização e até mesmo na inserção de dados. O Departamento de Atenção Básica e Políticas de Saúde da SES está verificando com as prefeituras os casos mais críticos. 
"Não é possível que tenhamos um estoque de vacinas paradas no pior momento da pandemia”, previne a  deputada do PSOL. "Se já estamos enfrentando problemas de vazão com menos doses, a tendência, com a aceleração das remessas, é o agravamento do quadro – algo que não podemos permitir em hipótese alguma", acrescentou em nota enviada ao JC.
A partir de 21 de março, o Ministério da Saúde mudou a orientação e determinou que não seja feita mais a reserva para a segunda dose e que todas as vacinas, mesmo as que estavam reservadas para completar a imunização - tanto a Coronavac como a vacina de Oxford preveem duas aplicações. 
A coordenadora do Departamento de Atenção Primária, Ana Costa, reforça que "vacinar o mais rápido possível, esta é a ordem". Ana disse que é preferível que falte vacina:
"A gente prefere ficar sem vacina do que ficar com vacina parada". 
Ana informou que foram feitas reuniões com universidades em busca de apoio para ampliar a capacidade de vacinação, com envolvimento de estudantes que estão na etapa final de formação e podem auxiliar.
A SES também incentiva que os municípios busquem voluntários, como aposentados em áreas da saúde, e outras formações para reforçar as equipes como farmacêuticos, dentistas, fisioterapeutas e biomédicos. Além disso, é orientado que se amplie os horários e os dias da campanha, como estender para os domingos, o que já vem ocorrendo em algumas localidades. 
Em nota divulgada no site do governo estadual nesta segunda-feira, a pasta apelou para que as localidades não parem de vacinar no feriadão da Semana Santa.
"Os municípios não podem ficar sequer um dia sem vacinar”, apelou a secretária estadual dda Saúde, Arita Bergmann, na publicação no site do governo. 

Lotes de vacinas recebidos pelo Rio Grande do Sul

Foram um total de 10 lotes que chegaram em três meses (fonte Vacinômetro): 
  • Doses recebidas pela SES: 2.216.450
  • Doses distribuídas aos municípios: 2.142.155
  • Doses aplicadas (1ª e 2ª): 1.310.766 
  • Doses aplicadas do total distribuído: 61,2%

Fluxo de chegada dos lotes mês a mês

Janeiro: 511,2 mil doses
  • Dia 18 (1): 341,8 mil doses da Coronavac
  • Dia 24 (2): 116 mil doses de Oxford/AstraZeneca
  • Dia 25 (3): 53,4 mil doses da Coronavac
Fevereiro: 412,4 mil doses
  • Dia 7 (4): 193,2 mil doses da Coronavac
  • Dia 24 (5): 135 mil doses de Oxford/AstraZeneca e 84,2 mil doses da Coronavac
Março: 1.292.850 mil doses
  • Dia 3 (6): 174,8 mil doses da Coronavac
  • Dia 9 (7): 187,8 mil doses da Coronavac
  • Dia 17 (8): 318,2 mil doses da Coronavac
  • Dia 20 (9): 285,8 mil doses da Coronavac e 36,25 mil doses de Oxford/AstraZeneca
  • Dia 26 (10): 227,4 mil doses da Coronavac e 62,6 mil doses de Oxford/AstraZeneca
Fonte: Vacinômetro RS
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO