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Política

- Publicada em 23 de Março de 2021 às 13:22

Bolsonaro dá posse a Marcelo Queiroga como ministro da Saúde

Sob pressão do centrão, cerimônia ocorreu no gabinete da presidência, sem convidados

Sob pressão do centrão, cerimônia ocorreu no gabinete da presidência, sem convidados


EVARISTO SA / AFP/ DIVULGAÇÃO/ JC
Atualizada às 14h02min
Atualizada às 14h02min
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu posse, no final da manhã desta terça-feira (23), ao novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga. Por causa de pressão do bloco do centrão, a cerimônia ocorreu no gabinete da Presidência da República, sem a presença de convidados e da imprensa e sem constar na agenda oficial.
A decisão se deveu ao movimento iniciado desde o final de semana por integrantes do centrão de convencer o presidente a indicar outro nome para o posto. A expectativa é de que a nomeação seja publicada em edição extra do Diário Oficial da União, que deve também incluir o remanejamento do general Eduardo Pazuello para chefiar o PPI (Programa de Parcerias e Investimentos).
Com a demora de Queiroga em se desvincular de uma clínica da qual era sócio, o bloco partidário chegou a sugerir a ministros palacianos que reconsiderassem as indicações dos deputados federais Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), o Doutor Luizinho, e Ricardo Barros (PP-PR).
Além disso, segundo assessores palacianos, a posse às pressas também teve como objetivo evitar cobranças das cúpulas do Legislativo e do Judiciário em reunião marcada para quarta-feira (24).
A falta de uma definição em meio à escalada de mortes é uma das reclamações que seria levada ao encontro pelas cúpulas do Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal).
A decisão de fazer uma posse discreta não foi bem avaliada por integrantes do próprio governo, sobretudo da cúpula militar. A avaliação deles é de que Bolsonaro deveria ter aproveitado a cerimônia para sinalizar uma mudança de postura do governo federal em relação à crise de saúde.
Em entrevista à coluna Painel, publicada nesta terça-feira, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que a demora na efetivação da troca é "um erro do governo". "Deveria ter tomado posse na semana passada, espero que isso se resolva amanhã (23)", declarou.
O PPI hoje está sob o guarda-chuva do ministro Paulo Guedes (Economia). A ida de Pazuello deve coincidir com a transferência do programa de privatizações para a Secretaria-Geral, do ministro Onyx Lorenzoni (DEM), numa nova derrota para Guedes. Onyx já teve o programa sob sua supervisão quando ele esteve vinculado à Casa Civil.
Folhapress
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