Para marcar os três anos do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, neste domingo (14), o coletivo feminista Juntas promoveu uma intervenção artística em Porto Alegre. Por meio da colagem de adesivos nas placas da praça e da avenida Princesa Isabel, o grupo se integrou ao dia nacional de protestos, que cobram das autoridades a condenação de quem mandou matar a parlamentar.
Vereadora do PSOL do Rio de Janeiro, Marielle foi morta em um atentado, no dia 14 de março de 2018, no qual seu carro foi atingido por tiros de submetralhadora. O crime também vitimou o motorista da parlamentar, Anderson Gomes.
Segundo o coletivo, as atividades simbólicas na data são alternativas à impossibilidade de convocar passeatas, por conta da pandemia. A escolha da Praça Princesa Isabel para a realização da intervenção se deu pela necessidade de questionar que a princesa Isabel tenha sido a responsável pelo fim do regime escravagista no Brasil.
No Rio de Janeiro, em homenagem à Marielle, a prefeitura inaugurou uma nova placa com o nome da vereadora, em frente à Câmara dos Vereadores. Uma foi rasgada durante a campanha eleitoral de 2018, pelo deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), eleito no mesmo ano e preso em 2021 por ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Para evitar novos atos de vandalismo, a placa agora ficará sob a vigilância do Centro de Operações Rio (COR). Além do nome da vereadora, a placa traz a inscrição: "Brutalmente assassinada em 14 de março de 2018 por lutar por uma sociedade mais justa". A inauguração contou com a presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), outras autoridades, e a família da vereadora assassinada.