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Política

- Publicada em 11 de Março de 2021 às 09:31

Pazuello admite que matéria-prima pode ser obstáculo no cronograma de vacinação

Documento assinado por Pazuello presta informações pedidas em caráter de urgência pelo Congresso

Documento assinado por Pazuello presta informações pedidas em caráter de urgência pelo Congresso


MAURO PIMENTEL/AFP/JC
Agência Estado
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que atrasos na entrega do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima para as vacinas produzidas no Brasil, podem ser os principais obstáculos no cumprimento do cronograma vigente para entrega dos imunizantes aos Estados brasileiros. A posição do general consta de ofício encaminhado nesta quarta-feira (10) ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), e ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas).
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que atrasos na entrega do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima para as vacinas produzidas no Brasil, podem ser os principais obstáculos no cumprimento do cronograma vigente para entrega dos imunizantes aos Estados brasileiros. A posição do general consta de ofício encaminhado nesta quarta-feira (10) ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), e ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas).
O documento assinado por Pazuello presta informações pedidas em caráter de urgência pelos parlamentares. Em um dos pontos, Lira e Pacheco pedem que o ministro aponte quais os principais obstáculos enfrentados neste momento para que o cronograma vigente seja cumprido. A resposta do general quanto às vacinas fabricadas no Brasil pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz destaca as questões ligadas ao IFA.
"Os principais obstáculos podem ser atrasos na entrega de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) relacionados a ingerências e condicionantes políticas dos governos sede dos laboratórios com os quais a Fiocruz (AstraZeneca-Oxford) e o Butantan (Sinovac) possuem contrato, técnicas de produção e demandas locais e globais do produto, o que atrasaria a produção local", escreveu Pazuello.
O governo federal já teve de se debruçar sobre a importação do IFA. No final de janeiro, o insumo que estava previsto para chegar para o Butantan ficou retido na China, o que levou a atritos políticos entre o governador João Doria (PSDB-SP) e o governo do presidente Jair Bolsonaro. As remessas previstas então foram liberadas e já são usadas no Brasil para produção da Coronavac e da vacina do laboratório AstraZeneca em parceria com a Fiocruz.
A dependência do IFA importado da China deve continuar sendo uma realidade para o Brasil nos próximos meses. O Ministério da Saúde reforça no ofício que o cronograma de distribuição de doses aos Estados está mantido.
Sobre as vacinas importadas, como as doses da Pfizer, da Sputnik V, da Janssen, da Moderna e da Bharat Biotech, o ministro cita três obstáculos que podem ocorrer: atrasos na apresentação dos relatórios para análise da Anvisa, atrasos na produção dos laboratórios no país de origem e atrasos na liberação para importação pelo Brasil. A gestão Pazuello à frente do ministério e do governo Bolsonaro como um todo é criticada por especialistas em razão da demora nas tratativas com as farmacêuticas.
Por fim, o ministro pede união de esforços. "Destaca-se a necessidade urgente de empreender esforços políticos e diplomáticos conjuntos entre governo federal, Congresso Nacional, Estados e municípios, para, de forma integrada, assegurar a disponibilização das vacinas, de maneira eficaz e segura, à população brasileira contra a covid-19 em menor tempo possível. Dessa forma, será possível conter os sofrimentos decorrentes da pandemia e retomar o crescimento econômico do país", escreveu.
 
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