Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 02 de Março de 2021 às 20:09

Edson Brum assume pasta do Desenvolvimento Econômico

Brum pretende priorizar a mudança na legislação que regula o Fundo Operação Empresa (Fundopem)

Brum pretende priorizar a mudança na legislação que regula o Fundo Operação Empresa (Fundopem)


/MARCO QUINTANA/arquivo/JC
Marcus Meneghetti
O deputado estadual Edson Brum (MDB) assume amanhã, em cerimônia virtual, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico. Mesmo antes de tomar posse do cargo, Brum já elencou suas prioridades. Em primeiro lugar, vai se dedicar à mudança na legislação que regula o Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem).
O deputado estadual Edson Brum (MDB) assume amanhã, em cerimônia virtual, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico. Mesmo antes de tomar posse do cargo, Brum já elencou suas prioridades. Em primeiro lugar, vai se dedicar à mudança na legislação que regula o Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem).
O antecessor de Brum na pasta, Rodrigo Lorenzoni (DEM), já vinha estudando mudanças no Fundopem, com o objetivo de agilizar a concessão do incentivo a pequenas e médias empresas. A ideia de Brum deve seguir a mesma linha. "Como sou um deputado estadual experiente, estou no quinto mandato na Assembleia Legislativa, tenho como ajudar na reorganização da legislação do Fundopem, com o objetivo de diminuir a burocracia e o tempo", avalia o futuro secretário.
Além disso, nesta entrevista ao Jornal do Comércio, Edson Brum revela que quer criar linhas de crédito no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e na agência de fomento Badesul, para pequenos prestadores de serviço, comerciantes e microempreendedores individuais. Ele também anunciou que vai nomear Odacir Klein (MDB) para a direção do Badesul e que a atual diretora-presidente da entidade, Jeanette Lontra, será sua secretária-adjunta na pasta.
Jornal do Comércio - Quais serão suas prioridades à frente da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico?
Edson Brum - Vou assumir a secretaria em um momento em que o mapa coloca todo o Rio Grande do Sul em bandeira preta. Por si só, isso achata, diminui o movimento econômico. No ano passado, o Rio Grande do Sul teve uma diminuição de 20 mil empregos, o que é algo pesado. Então, em um primeiro momento, o que a gente quer é estancar isso. A partir disso, fomentar a nossa economia.
JC - Como?
Brum - Utilizando as ferramentas que a secretaria tem. Primeiro, temos que trabalhar o Fundopem e outros programas. Mas principalmente o Fundopem, que serve para trazer empresas de fora e estimular as daqui. Temos um problema no Fundopem, que é a demora, do início ao final (do processo de concessão do incentivo às empresas). Pretendemos mexer na legislação, o que talvez seja o maior legado que poderei deixar (à frente da pasta). Como sou um deputado estadual experiente, estou no quinto mandato na Assembleia Legislativa, tenho como ajudar na reorganização da legislação do Fundopem, com o objetivo de diminuir a burocracia e o tempo.
JC - O que dá para mudar no Fundopem?
Brum - Desde a semana passada, estamos estudando a legislação. Estamos analisando, por exemplo, a criação de prazos para os órgãos públicos. Afinal, quando uma empresa solicita algo no serviço público, a resposta pode levar um dia ou 90. Precisamos dar prazos, o que obriga a secretaria a agilizar todos os processos dentro do Fundopem.
JC - Nesse primeiro momento, em que a bandeira preta no Estado restringe algumas ações, a prioridade vai ser modificar a legislação do Fundopem...
Brum - Nesse período em que tivermos bandeira preta, temos que nos debruçar para dentro, para estudar todos os projetos, ver o que dá para agilizar, o que dá para melhorar. Nesse momento, queremos nos dedicar, principalmente, às questões ligadas à mudança na legislação. Até porque a Assembleia está trabalhando durante a bandeira preta. Inclusive, em 2020, trabalhou mais do que em 2019 (votou um número maior de projetos). Graças ao sistema híbrido (que permitiu a participação online nas sessões do Legislativo), o trabalho da Assembleia não depende da presença física das pessoas. Além disso, vamos aproveitar esse primeiro momento para nos colocarmos dentro da secretaria e estudar todos os programas, as linhas de crédito e as necessidades do Estado. Não dá só para ficar reclamando da crise, da pandemia. Temos que buscar alternativas.
JC - Ao longo da pandemia, várias categorias reivindicaram linhas de crédito para amenizar o impacto causado pela queda na economia. O BRDE e o Badesul, que são bancos relacionados ao trabalho da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, podem ajudar nisso?
Brum - Queremos criar outras linhas de crédito no BRDE e Badesul, especialmente para prestadores de serviço e comerciantes, que estão sofrendo muito com a pandemia. Como esses dois bancos estão vinculados à secretaria, vamos trabalhar forte nisso. O ideal seria termos um fundo garantidor, como acontece no Espírito Santo. Isso acaba agilizando a busca do recurso para essas empresas que tiveram dificuldades com a pandemia. Isso ainda é incipiente. Vamos estudar. Mas é uma vontade que tenho (implantar novas linhas de crédito).
JC - Nessas eleições municipais, os candidatos falaram muito em microcrédito para aqueles prestadores de serviço que trabalham sozinhos ou empregam uma ou duas pessoas...
Brum - Através do BRDE e Badesul, também pretendemos retomar o microcrédito, que é uma modalidade que está muito devagar e que, ao mesmo tempo, é muito importante, porque estimula o microempreendedor.
JC - Vai mudar a direção dos bancos?
Brum - Quem vai para a presidência do Badesul é Odacir Klein, que já foi presidente do BRDE e do Banrisul. É experiente na administração de bancos. Vou levar a Jeanette Lontra, que é a atual presidente do Badesul, para ser minha secretária-adjunta lá na secretaria.
JC - Recentemente, conversei com o prefeito de Passo Fundo, Pedro Almeida (PSB), e ele relatou que tem conseguido gerar empregos, mas há dificuldades na obtenção de mão de obra qualificada. O que pensa sobre a qualificação dos trabalhadores?
Brum - Quero estreitar muito a relação com as entidades: Federasul, Farsul, Fetag, Fecomércio, Senac, Sebrae... Desenvolvimento não é só ter recursos, é também qualificar. Como uma empresa vai se instalar em uma região que não tem mão de obra especializada? Se não tivermos parcerias com o setor privado, não vamos encontrar as soluções para o Estado. Mais do que lançar cursos profissionalizantes, a ideia é estimular as entidades que já fazem isso, que já tem expertise nessa área, como o sistema S. Daqui a pouco, podemos até mesmo direcionar a atividade profissionalizante de acordo com as regiões. Por exemplo, tal região tem uma característica específica (na economia), porque trabalha com produtos industrializados; então, precisamos de mão de obra qualificada para esse tipo de mercado. Vamos trabalhar muito com os arranjos locais.
JC - O senhor pretende concorrer à reeleição em 2022?
Brum - Sim, pretendo concorrer novamente a deputado estadual.
JC - Considerando o prazo de desincompatibilização, que exige que os candidatos deixem os cargos no Executivo seis meses antes da eleição, quando terá que deixar a pasta?
Brum - Provavelmente, abril (do ano que vem). Ainda não sabemos se a eleição vai ocorrer em novembro ou outubro. Foi prorrogado para novembro, então empurrou um pouco mais (o prazo para permanecer na secretaria).
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO