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Política

- Publicada em 18 de Fevereiro de 2021 às 20:21

Chico Rodrigues reassume mandato após quatro meses

Rodrigues era vice-líder do governo Bolsonaro quando ocorreu o episódio

Rodrigues era vice-líder do governo Bolsonaro quando ocorreu o episódio


Waldemir Barreto//Agência Senado/JC
O senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado com dinheiro em sua cueca, reassumiu o seu mantado parlamentar nesta quinta-feira (18), após mais de quatro meses afastado. Ele pediu licença para interesses pessoais, de 121 dias, após ter sido flagrado com maços de notas durante operação da Polícia Federal, em Boa Vista, em outubro do ano passado. O senador é suspeito de desviar recursos destinados para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus - Rodrigues nega.
O senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado com dinheiro em sua cueca, reassumiu o seu mantado parlamentar nesta quinta-feira (18), após mais de quatro meses afastado. Ele pediu licença para interesses pessoais, de 121 dias, após ter sido flagrado com maços de notas durante operação da Polícia Federal, em Boa Vista, em outubro do ano passado. O senador é suspeito de desviar recursos destinados para o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus - Rodrigues nega.
Na quarta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso havia autorizado o retorno do parlamentar a suas atividades, com o término da licença, mas determinou seu afastamento de comissões que tratem do enfrentamento à Covid-19.
Aliados do senador defendiam um novo afastamento, para evitar um início tumultuado de gestão para o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Os dois são correligionários. Rodrigues também era vice-líder do governo Bolsonaro no Senado, quando foi flagrado com o dinheiro.
O parlamentar encaminhou um documento à presidência do Senado anunciando seu retorno, no qual afirma que passou por um período de "enorme padecimento pessoal, familiar e político".
Rodrigues acrescenta que foi vítima de "escárnio" e "veleidades" e que não conseguiu até o momento se defender das imputações "brutais e kafkanianas" contra ele. Afirma que chegou a tomar medicamentos para se recuperar.
"Tomo a iniciativa de, humilde e respeitosamente, prestar alguns esclarecimentos fundamentais neste momento, visto que as circunstâncias terríveis que assombraram a minha vida me impediram inclusive de poder sequer me defender das brutais e kafkanianas imputações feitas contra mim, numa avalanche do destino que me privou de qualquer condição mínima de reagir e de me contrapor", afirmou.
"Foram meses de condoída e solitária prosternação, em que encarei o escárnio, veleidades e, mais do que nunca, encontrei-me com meu eu mais profundo."
O parlamentar se defende das acusações, afirmando que nunca teve máculas em sua carreira política. E afirma que entrou em pânico com policiais federais em sua residência, chegando a levantar dúvidas sobre as intenções da operação de busca e apreensão.
Rodrigues justifica seus atos - sem mencionar diretamente a tentativa de esconder dinheiro na cueca-- por conta do pânico provocado pela situação.
"Por aquele momento de desespero, quero pedir desculpas a todos se não consegui manter o comportamento de equilíbrio mais adequado. Poderia ter tido uma reação psicológica melhor? Certamente. Poderia ter lidado com a sensação de pânico, apesar de minha idade e condição de saúde, de forma mais equilibrada? Sem dúvida nenhuma", afirmou.
"Posso ser criticado por diversos motivos, mas o que é fundamental, do ponto de vista do interesse público e da sociedade, é que não cometi nenhum ato ilícito, nenhuma ação desabonadora, nenhuma prática ilegal. É isso que me fez e me faz sentir tranquilidade no fundo de minha alma, apesar de toda a humilhação pública que enfrentei", completa.
Durante a licença, o parlamentar não recebeu salários e nem pode usufruir do seu gabinete parlamentar. Por outro lado, usufruiu de plano de saúde e manteve direito ao imóvel funcional.
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