A descoberta de um novo tumor no fígado do prefeito Bruno Covas, anunciada nesta quarta-feira, não muda o prognóstico da doença, afirmou ao Estadão o oncologista Tulio Eduardo Flesch Pfiffer, membro da equipe médica do Hospital Sírio-Libanês que trata o prefeito de São Paulo. De acordo com o especialista, trata-se de uma metástase que, embora não desejada, ocorre "com uma certa frequência" em casos como o de Covas.
Pfiffer afirmou que a nova lesão não piora o quadro, pois o prefeito já havia tido uma metástase também no fígado que pôde ser eliminada com quimioterapia. "Em outubro de 2019, quando ele descobriu o câncer, ele já tinha uma metástase no fígado. Ele fez as sessões de quimioterapia e a resposta foi completa e sustentada. O resultado foi muito bom. A descoberta dessa nova lesão não piora o cenário. Esperamos que ocorra o mesmo agora", explicou Pfiffer. Ele contou ainda que o tumor recém-descoberto no fígado é "bem menor" do que o detectado no mesmo órgão em 2019.
O especialista esclareceu que a única mudança que a equipe foi obrigada a fazer foi a interrupção da imunoterapia para controle das lesões cancerígenas nos linfonodos para início da quimioterapia para combater a lesão no fígado.
Bruno Covas terá de fazer mais quatro sessões de 48 horas, com intervalo de duas semanas entre elas. A primeira sessão foi realizada já nesta quarta-feira, e o prefeito deverá permanecer internado até sábado.