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Política

- Publicada em 17 de Fevereiro de 2021 às 21:30

Deputada Luciana Genro pede vagões femininos no Trensurb

Deputada estadual Luciana Genro (PSOL)

Deputada estadual Luciana Genro (PSOL)


/Celso Bender/Agência ALRS/JC
Após um episódio grave de assédio sexual dentro da empresa Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre) na última quinta-feira (11), a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) enviou um ofício ao presidente da empresa, propondo a adoção de vagões exclusivos para mulheres nos horários de pico. Como a empresa está vinculada ao governo federal, a Assembleia Legislativa não teria competência para legislar sobre o funcionamento do Trensurb. Por isso, Luciana não pode apresentar um projeto de lei, por exemplo, obrigando a criação dos vagões femininos.
Após um episódio grave de assédio sexual dentro da empresa Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre) na última quinta-feira (11), a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) enviou um ofício ao presidente da empresa, propondo a adoção de vagões exclusivos para mulheres nos horários de pico. Como a empresa está vinculada ao governo federal, a Assembleia Legislativa não teria competência para legislar sobre o funcionamento do Trensurb. Por isso, Luciana não pode apresentar um projeto de lei, por exemplo, obrigando a criação dos vagões femininos.
O caso que motivou o pedido da deputada estadual ocorreu no trem lotado, por volta das 6h. Um homem teria ejaculado em uma mulher de 24 anos, que se dirigia ao trabalho, de Novo Hamburgo a Porto Alegre. A jovem formalizou a denúncia por e-mail na ouvidoria do Trensurb, mas não fez boletim de ocorrência por não saber a identidade do agressor.
Ao tomar conhecimento do caso, Luciana sugeriu a política dos chamados "vagões rosas", utilizados em cidades, como Rio de Janeiro, Brasília e Recife. "Assim, considerando a gravidade da questão e visando proporcionar um transporte mais seguro para as mulheres, sugerimos a implementação de vagões exclusivos para mulheres, principalmente nos horários de pico e maior movimento nas linhas", diz a carta enviada à empresa Trensurb.
No documento, a deputada lembra ainda que, a partir de 2018, a importunação sexual foi tipificada como crime, através de uma lei federal. Para exemplificar o quão comum é esse tipo de crime, Luciana cita ainda uma pesquisa feita pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos junto as passageiras do transporte público de São Paulo. O levantamento indicou que quase metade das passageiras (47,6%) foi ou conhece alguém que tenha sido vítima desses atos em transportes públicos, sendo que 69,3% destes casos aconteceram dentro de trens.
Conforme a assessoria da Trensurb, a carta foi encaminhada para a direção da empresa. A diretoria ainda não tem uma posicionamento sobre os vagões rosas.
 
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