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Política

- Publicada em 15 de Fevereiro de 2021 às 15:29

Assembleia Legislativa e MP-RS irão investigar denúncias contra deputado Ruy Irigaray

Além da possível conspiração, o deputado diz que os colegas estão com pressa "em se livrar" no seu caso por motivos eleitorais

Além da possível conspiração, o deputado diz que os colegas estão com pressa "em se livrar" no seu caso por motivos eleitorais


Assembleia Legislativa do RS/Divulgação/JC
Atualizada dia 16/02, 14h26min
Atualizada dia 16/02, 14h26min
Acusado pela contratação de assessores parlamentares para demandas pessoais, por comandar esquema de rachadinhas entre os servidores e financiar um “gabinete do ódio”, o deputado estadual Ruy Irigaray (PSL) será investigado pela Assembleia Legislativa e Ministério Público do Rio Grande do Sul.
As denúncias, divulgadas em reportagem do Fantástico no último domingo (14), partiram da ex-assessora Cristina Nebas junto a outra servidora que preferiu não se identificar.
Em nota, a Assembleia Legislativa afirma que o caso foi “imediatamente encaminhado aos órgãos competentes do Poder Legislativo para averiguar denúncias e medidas cabíveis”. Já o Ministério Público designou o promotor de Justiça Flávio Duarte para liderar as investigações e afirmou buscar “o esclarecimento de todo e qualquer fato, para que sejam tomadas as medidas legais cabíveis, caso haja a comprovação de ilícitos”.
Para o MP as acusações “em tese podem se configurar como possíveis atos de improbidade administrativa, que importariam enriquecimento ilícito, causariam prejuízo ao erário e atentariam contra os princípios da Administração Pública pelo deputado Ruy Irigaray Junior e assessores parlamentares a ele vinculados”.
Irigaray é acusado de utilizar verba pública para contratar assessores que não cumpriam demandas parlamentares, mas sim, reformaram um imóvel da família do deputado. Além disso, o gabinete do ódio financiado pelo deputado foi equipado com cerca de 50 celulares que disparavam notícias falsas e acusações contra parlamentares do Legislativo. O deputado nega as acusações e garante que as medidas judiciais cabíveis já foram acionadas.
Eleito deputado estadual em 2018 com mais de cem mil votos, Irigaray tem ligação direta à família Bolsonaro. Eduardo Bolsonaro recebeu a Medalha do Mérito Farroupilha  por indicação do deputado. Rui é um entusiasta de pautas armamentistas no Legislativo gaúcho.
Em suas redes sociais, Irigaray confirma que o imóvel pertence a familiares, mas que estaria usado o mesmo como escritório de trabalho em meio às restrições impostas pela pandemia - o que, para ele, justificaria a melhoria e obras feitas no local.
Em vídeo de três minutos e em posto em seu perfil no Facebook o deputado alega, ainda, que a reportagem do Fantástico foi "manipulada" com objetivo de desabonar sua "conduta como pessoa e parlamentar através de denúncias falsas feitas por duas ex-assessoras que trabalharam pouquíssimos meses",  em seu gabinete. Na mesma rede Irigaray diz que "jamais imaginou ser atacado de maneira tão pífia" com acusações que ele classifica como caluniosas, acrescentando que todas as medidas cabíveis judicialmente já foram tomadas. 
"Este é um escritório político e eu desempenho minhas atividades parlamentares, com minha assessoria, neste imóvel há um ano. Já recebi diversas autoridades e eleitores aqui. É só olhar nas redes sociais. Isso porque a casa legislativa teve restrições durante a pandemia", argumenta o deputado, nas redes sociais.
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