Dirigentes de centrais sindicais no Rio Grande do Sul foram recebidos nesta quinta-feira (28) pelo chefe da Casa Civil, Otomar Vivian (PP), no Palácio Piratini. A agenda tratou da correção do salário-mínimo regional.
Segundo texto divulgado no site da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS), o grupo apresentou uma proposta de reajuste de 13,79% para o piso regional no Estado em 2021. Se a medida fosse aprovada, a primeira faixa salarial passaria de R$ 1.237,15 para R$ 1.407,72.
Os integrantes da CUT, CTB, Força Sindical, Intersindical e Nova Central sustentaram o pedido com base em levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o INPC e a diferença entre o piso regional e o salário-mínimo nacional.
O governo do Estado chegou a enviar um projeto propondo correção de 4,5%, ainda no primeiro semestre, mas o texto só foi votado em dezembro do ano passado e, através de uma emenda, os deputados estaduais aprovaram reajuste zero no Estado.
O governador Eduardo Leite (PSDB) sancionou a medida com a mesma justificativa dos parlamentares, a mudança do cenário econômico a partir da crise do coronavírus. A proposta de reajuste de 4,5% foi encaminhada antes da crise.
Os sindicalistas criticam a medida e observam a importância do reajuste para recuperar o poder aquisitivo do trabalhador. Em relação ao desemprego que poderia ser gerado, se o piso regional tivesse aumento, sustentam que outros estados, como Paraná e Santa Catarina, criaram novas vagas mesmo com reajuste.