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Governo federal

- Publicada em 27 de Janeiro de 2021 às 01:27

Guedes ironiza impeachment e fala em 'sabotagem à democracia'

Diante da crescente pressão pelo impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, comparou qualquer tentativa de afastamento do chefe do Executivo a uma "sabotagem" à democracia brasileira.
Diante da crescente pressão pelo impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, comparou qualquer tentativa de afastamento do chefe do Executivo a uma "sabotagem" à democracia brasileira.
"Isso é uma tentativa de descredenciamento, uma sabotagem à democracia brasileira. O presidente foi eleito com 60 milhões de votos, é um homem popular, e todo dia desde o início, tem conversa, primeiro impeachment porque derrubou um passarinho, depois é impeachment porque deu um tapa na cabeça da ema, depois é impeachment porque teve um assassinato lá no Maranhão, depois é impeachment porque morreu um indígena, agora é impeachment... isso é um descredenciamento da democracia brasileira", disse Guedes em evento promovido pelo Credit Suisse.
O ministro da Economia chegou a dizer que a insistência no afastamento do presidente pode atrapalhar a retomada do crescimento brasileiro. "Se continuarmos brigando para ganhar eleição, propondo impeachment, será difícil crescer."
No fim de semana passado, diversas capitais registraram carreatas pelo impeachment de Bolsonaro. No Congresso, além de 57 pedidos de afastamento que já estão na gaveta do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à espera de apreciação, a gestão do governo no combate à crise da Covid-19 tem incitado novos pedidos.
Ainda no evento, Guedes emendou críticas indiretas a Maia. "Tem um pessoal que se diz democrata, mas não sabe perder eleição. Acreditar que precisa se eleger quatro vezes seguidas é achar que presidente (Bolsonaro) pode também", afirmou o ministro, em referência à tentativa, sem sucesso, do atual presidente da Câmara de buscar respaldo legal para se reeleger. "Tem que saber perder a eleição, espera a próxima, pega a senha e tenta ganhar", disse Guedes.

Lideranças religiosas protocolam novo pedido contra Bolsonaro

Representantes católicos e evangélicos levaram até a Câmara dos Deputados, ontem, mais um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. "Nem todas as pessoas das nossas igrejas são favoráveis a esse ato, mas é importante destacar essa pluralidade", afirmou a pastora Romi Márcia Bencke, representante do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil. O pedido de impeachment é assinado por religiosos críticos ao governo e é baseado em denúncia de crimes de responsabilidade referentes à área de saúde e das políticas sanitárias durante a pandemia. Assinam padres católicos, anglicanos, luteranos, metodistas e pastores. Embora sem o apoio formal das igrejas, o grupo tem o respaldo da Comissão Brasileira Justiça e Paz da Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) e a Aliança de Batistas do Brasil.