Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 12 de Janeiro de 2021 às 03:00

Morre ex-deputado Alencar Furtado, símbolo da luta contra a ditadura

O ex-deputado Alencar Furtado, expoente da luta contra a ditadura militar e último político cassado no governo de Ernesto Geisel, morreu às 4h30min da madrugada desta segunda-feira (11), em Brasília. Ele tinha 95 anos e foi vítima de insuficiência renal. O sepultamento ocorreu no Cemitério Campo da Esperança, na capital federal.
O ex-deputado Alencar Furtado, expoente da luta contra a ditadura militar e último político cassado no governo de Ernesto Geisel, morreu às 4h30min da madrugada desta segunda-feira (11), em Brasília. Ele tinha 95 anos e foi vítima de insuficiência renal. O sepultamento ocorreu no Cemitério Campo da Esperança, na capital federal.
"Ele deixou um legado muito grande. Foi um deputado muito atuante e representou muito bem o seu Estado e o nosso País. Foi cassado por ter discursado no momento em que o País não aceitava qualquer argumento contra o que se vivia. Ele teve uma história marcada por muita integridade e muita luta. A família e os amigos vão lembrar seu legado para sempre", afirmou o deputado Uldurico Pinto Junior (Pros-BA), neto de Furtado.
Em 27 de junho de 1977, Furtado, que era filiado ao MDB, protestou em rede nacional, no programa de rádio e TV do partido, contra a cassação do correligionário Marcos Tito - penúltimo parlamentar cassado no governo Geisel -, contra a cassação de outros congressistas e denunciou o drama dos desaparecidos. "Para que não haja esposas que enviúvem com maridos vivos, talvez; ou mortos, quem sabe? Viúvas do quem sabe ou do talvez", disse à época.
Três dias depois do discurso, Furtado se tornou o 173.º - e último - parlamentar cassado no País com base no AI-5. Em 1978, Depois que foi forçado para fora da vida política, ajudou seu filho, Heitor Alencar Furtado, a se eleger deputado estadual pelo Paraná com apenas 22 anos. Após a anistia, voltou à vida pública, sendo reeleito deputado federal em 1982 pelo PMDB. Ao longo da campanha, Heitor, que também buscava a reeleição na Assembleia Legislativa paranaense, foi assassinado a tiros por um policial.
Furtado deixa a esposa, Miriam Alencar Furtado - com quem se casou em 1950 depois de os dois cursarem juntos a Faculdade de Direito do Ceará - e as filhas Stael, Thais e Dioneé. Ele era sogro dos ex-deputados federais Uldurico Pinto e Francisco Pinto.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO