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Legislativo

- Publicada em 04 de Janeiro de 2021 às 03:00

Márcio Bins Ely destaca revisão do Plano Diretor

Em seu discurso, Bins Ely citou a importância de aprimorar a legislação

Em seu discurso, Bins Ely citou a importância de aprimorar a legislação


/EDERSON NUNES/CMPA/JC
Eleito para comandar a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre em 2021, o vereador Márcio Bins Ely (PDT) apontou a revisão do Plano Diretor como uma das principais pautas do Legislativo nesse ano. Um projeto de lei deve ser encaminhado pela prefeitura à Câmara para tratar da revisão, que deveria ter sido concluída no ano passado - o Estatuto da Cidade determina que a cada 10 anos o Plano deve ser revisado, e a última revisão da lei em Porto Alegre ocorreu em 2010.
Eleito para comandar a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre em 2021, o vereador Márcio Bins Ely (PDT) apontou a revisão do Plano Diretor como uma das principais pautas do Legislativo nesse ano. Um projeto de lei deve ser encaminhado pela prefeitura à Câmara para tratar da revisão, que deveria ter sido concluída no ano passado - o Estatuto da Cidade determina que a cada 10 anos o Plano deve ser revisado, e a última revisão da lei em Porto Alegre ocorreu em 2010.
Em seu primeiro discurso após ter tomado posse como presidente da Câmara, Bins Ely destacou a revisão do Plano Diretor como um dos desafios deste ano em que ele irá presidir a casa. O vereador do PDT já foi secretário municipal de Urbanismo na gestão de José Fortunati (na época PDT), quando a última revisão do Plano Diretor foi sancionada, em 2010.
Além de ter acompanhado debates também como vereador desde a década passada - foi eleito para a Câmara em 2008, 2012, 2016 e 2020 -, Bins Ely é o atual presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-RS), entidade sobre a qual ele fez referência em seu discurso na Câmara, destacando sua luta por um "mercado imobiliário pujante".
Em sua fala na tribuna, o novo presidente da Câmara garantiu que irá priorizar o compromisso em auxiliar nos debates da revisão do Plano, uma vez que "é urgente e imperativo que possamos, através da legislação, aperfeiçoar essa lei que nada mais é do que o esqueleto da estruturação urbana da cidade".
O debate historicamente é um tema polêmico na cidade, pois além de definir as diretrizes do planejamento urbano e do desenvolvimento, também normatiza questões pontuais como a altura de prédios e a densidade projetada para cada região da cidade, o que nem sempre é consenso.
Diante do tema, o prefeito Sebastião Melo (MDB), empossado na mesma sessão, prometeu diálogo na elaboração do projeto de lei, que será apreciado pela Câmara de Porto Alegre em 2021, classificando o tema como "balizador da cidade que queremos".
Bins Ely destacou ainda que planeja colaborar no combate ao novo coronavírus e prometeu esforços para garantir o respeito à democracia na Casa através do diálogo. "Temos o objetivo firme e comum de que nossas ações resultem no melhor para a cidade."
O presidente da Casa defende que, nesta legislatura, a Câmara esteja mais atuante em questões relativas ao planejamento, saúde, educação, segurança, mobilidade, regularização fundiária, inovação e infraestrutura.

Primeira sessão é marcada por tensão e bate-boca

Integrantes da nova Mesa Diretora da Câmara de Vereadores

Integrantes da nova Mesa Diretora da Câmara de Vereadores


/ELSON SEMPÉ PEDROSO/CMPA/JC
A sessão plenária que empossou os 36 vereadores eleitos para XVIII Legislatura da Câmara de Porto Alegre, realizada no dia 1º de janeiro, foi marcada por embates intensos envolvendo o regimento interno do Legislativo, gerando bate-boca entre os vereadores. Integrantes do bloco de oposição, composto pelos partidos PSOL, PT e PCdoB, que somam 10 cadeiras, reivindicaram a proporcionalidade na direção da casa.
Ao fim de 2020, circulou nos bastidores do Legislativo a formação de acordo político administrativo entre vereadores que visava excluir os parlamentares de oposição dos cargos de direção da Casa. O resultado da eleição seguiu o previsto, uma vez que nenhuma das cadeiras da Mesa Diretora será ocupada por vereadores da oposição do governo.
De acordo com Lourdes Sprenger (MDB), então vice-presidente da Casa que liderou a sessão, a proporcionalidade dos cargos segue o definido por decisão do Tribunal de Justiça do Estado que prevê "pluralidade na representação de partidos na Mesa e não proporção matemática".
Além do presidente Márcio Bins Ely (PDT), os vereadores definiram os cargos de 1º vice-presidente (Idenir Cecchim, MDB), 2º vice-presidente (Comandante Nádia Gerhard, DEM), 1º secretário (Hamilton Sossmeier, PTB), 2º secretário (Mônica Leal, PP) e 3º secretário (Cláudio Janta, SD). Todos foram eleitos por 26 votos, contra 10 da oposição.
Eleita a Mesa Diretora, os parlamentares deram início a intensas discussões ainda com relação ao regimento interno. Dessa vez a Casa votava os componentes das seis comissões permanentes do Legislativo. Durante o embate, o bloco de oposição ao governo deixou a sessão por entender que a condução das eleições para as comissões permanentes estava se dando de maneira equivocada.
Mesmo com a ausência dos vereadores da oposição, o presidente da Casa deu continuidade aos trabalhos fechando comissões, inclusive, com número inferior ao ideal de parlamentares.
O clima foi tenso, com uma série de requerimentos e questões de ordem sendo apresentadas. Estava prevista a participação dos vereadores na solenidade de posse do prefeito Sebastião Melo no Largo Glênio Peres, às 18h, mas a sessão na Câmara, que teve início às 15h se estendeu quase até as 20h.