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Política

- Publicada em 20 de Dezembro de 2020 às 18:07

Anúncio do secretariado de Melo ainda depende da indicação do titular da Saúde

Sebastião Melo passou o fim de semana articulando o primeiro escalão

Sebastião Melo passou o fim de semana articulando o primeiro escalão


GIULIAN SERAFIM/DIVULGAÇÃO/JC
Fernanda Crancio
A 11 dias da posse de Sebastião Melo na prefeitura de Porto Alegre, a formação do secretariado municipal ainda está pendente, por conta da dificuldade em atrair nomes qualificados e dispostos a abraçar a gestão e os salários incompatíveis ao desafio. Nesse quebra-cabeças, no entanto, a principal peça faltosa é a do secretário da Saúde, que terá o desafio de manter e evoluir a estratégia de enfrentamento à pandemia, organizar a futura política de vacinação e adequar protocolos e normas para não fechar nem limitar as atividades econômicas, uma das principais metas da nova administração. A expectativa da futura administração é de que alguns nomes da equipe já possam ser conhecidos a partir desta segunda-feira (21).
A 11 dias da posse de Sebastião Melo na prefeitura de Porto Alegre, a formação do secretariado municipal ainda está pendente, por conta da dificuldade em atrair nomes qualificados e dispostos a abraçar a gestão e os salários incompatíveis ao desafio. Nesse quebra-cabeças, no entanto, a principal peça faltosa é a do secretário da Saúde, que terá o desafio de manter e evoluir a estratégia de enfrentamento à pandemia, organizar a futura política de vacinação e adequar protocolos e normas para não fechar nem limitar as atividades econômicas, uma das principais metas da nova administração. A expectativa da futura administração é de que alguns nomes da equipe já possam ser conhecidos a partir desta segunda-feira (21).
O prefeito eleito, que estima concluir a formação do time nos próximos dias, insiste em ter na pasta um técnico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e que esteja familiarizado às ações ligadas ao combate da Covid-19. Na sexta-feira (18), em entrevista coletiva antes da cerimônia de diplomação no cargo, Melo reforçou que já tinha parte da equipe escolhida, mas que ainda buscava um secretário da Saúde de perfil técnico, e disse que trabalharia nisso ao longo do final de semana. "Será um secretário de perfil técnico, de preferência do quadro da Secretaria da Saúde, com experiência e que esteja acompanhando a questão da Covid. Primeiro quero ter o secretário da Saúde para divulgar todo o secretariado, devemos alinhavar isso nesse final de semana e, quem sabe, anunciar segunda-feira (21)", disse.
Há alguns dias, prevendo a dificuldade de fechar o time até o final de dezembro, Melo chegou a tratar com o atual prefeito, Nelson Marchezan Júnior, da possibilidade de manter alguns nomes do primeiro escalão provisoriamente nos cargos por alguns dias de janeiro. Coordenador da transição de governo, o vereador eleito Cezar Schirmer (MDB) destaca que o salário médio do secretariado municipal, em torno de R$ 10 mil, tem sido o grande empecilho para atrair os nomes desejados por Melo ao grupo.
"Realmente é uma dificuldade, principalmente por conta dos salários dos secretários, e não temos conseguido avançar como gostaríamos. A transição também está sendo muito curta, cerca de 15 dias, é importante compreender que é difícil, em tão curto tempo, encontrarmos as soluções desejadas", enfatizou Schirmer.
Segundo ele, a ideia é conseguir chegar à posse com o secretariado fechado, mas a equipe já considera a possibilidade de não conseguir avançar nesse sentido em cerca de 10 dias.
Também em relação à Saúde, Melo afirmou que se empenhará para ampliar o número de leitos na Capital. "Estamos trabalhando com a possibilidade de ampliação de leitos por meio de parceria público-privadas (PPPs), pois não basta ter cama, tem de ter equipamentos e equipe", disse. Nesse sentido, a reabertura do Hospital Beneficência Portuguesa poderia ser uma opção.
Ele também voltou a defender a abertura de todas as atividades econômicas da cidade, independente do cenário da Covid-19, e disse que trabalhará para manter esse compromisso, mediante respeito às medidas de segurança sanitária. "Com protocolos rígidos a cidade não vai e não deve fechar. Vamos ter aqui uma prefeitura com muita responsabilidade, nós estamos convencidos de que não é o fechamento da cidade que faz ter menos pessoas contaminadas. Tem é que ter protocolos rígidos, comércio, restaurantes e bares funcionando com distanciamento", ressaltou.
Melo disse também que essa é uma forma de coibir atividades clandestinas na cidade, mas não quis comentar sobre as ações restritivas aplicadas pela atual gestão da Capital. "Prefiro que as atividades funcionem regularmente do que clandestinamente, isso vale pros eventos, por exemplo. Melhor tê-los regularizados do que clandestinos. São visões diferentes sobre a pandemia, não há uma verdade única", comentou.
O prefeito eleito disse ainda que tem conversado com o governador Eduardo Leite para alinhar as ações ligadas ao distanciamento controlado, e voltou a defender a adoção de bandeiras próprias em Porto Alegre, tema que tratou com o chefe do executivo gaúcho na quinta-feira (17), e que vem sendo endossado por entidades setoriais da Capital. "Já estou conversando com a prefeitura e o governo do Estado, e vamos ver um sistema de bandeiras paralelo à cogestão. É uma decisão política, não quero judicializar a politica, é uma construção, e que não é impossível", afirmou, dando como exemplo medida semelhante adotada pela prefeitura de São Paulo.
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