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Política

- Publicada em 17 de Dezembro de 2020 às 20:46

Governo adia novamente votação de projeto do ICMS

Na mesma sessão, deputados aprovaram prorrogação de contratos emergenciais com profissionais de escolas

Na mesma sessão, deputados aprovaram prorrogação de contratos emergenciais com profissionais de escolas


Joel Vargas/Agência ALRS/JC
Marcus Meneghetti
As alterações no projeto que prorroga as alíquotas majoradas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), apresentadas à base aliada nesta quarta-feira (16) pelo governador Eduardo Leite (PSDB), não foram suficientes para convencer os deputados governistas a votar a favor da matéria. Como não conseguiu os votos necessários para a aprovação, a base retirou o quórum da sessão de desta quinta-feira (17) - adiando mais uma vez a votação. A matéria deve voltar à pauta na próxima terça (22), quando haverá duas sessões extraordinárias na Assembleia Legislativa, uma às 9h e a outras às 14h.
As alterações no projeto que prorroga as alíquotas majoradas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), apresentadas à base aliada nesta quarta-feira (16) pelo governador Eduardo Leite (PSDB), não foram suficientes para convencer os deputados governistas a votar a favor da matéria. Como não conseguiu os votos necessários para a aprovação, a base retirou o quórum da sessão de desta quinta-feira (17) - adiando mais uma vez a votação. A matéria deve voltar à pauta na próxima terça (22), quando haverá duas sessões extraordinárias na Assembleia Legislativa, uma às 9h e a outras às 14h.
Essa é a terceira vez que a votação é adiada. Primeiro, a matéria - que, por ter vencido o prazo de tramitação em regime de urgência, está trancando a pauta do Parlamento - deveria ter sido apreciado em uma sessão marcada para terça-feira. Contudo, diante do anúncio de que a maior bancada governista - a do MDB - votaria contra o projeto, o líder do governo, Frederico Antunes (PP), pediu o adiamento da sessão hora antes do início.
Então, a apreciação da matéria foi transferida para o dia seguinte, quarta-feira. Na manhã daquele dia, horas antes da sessão, o governador Eduardo Leite (PSDB) coordenou pessoalmente uma reunião com a base aliada. O objetivo era apresentar algumas alterações ao projeto do ICMS e alguns pontos que acabaram sendo excluídos do texto, como as alterações nas regras do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
Quanto ao ICMS, a nova redação prorroga o aumento das alíquotas para combustíveis, energia e telecomunicações por três anos - mantendo o índice de 30%. O texto original propunha a prorrogação por quatro anos.
A nova proposta também fixa a alíquota base de ICMS em 17,5% em 2021, voltando a 17% a partir de 2022. O texto original mantinha a alíquota básica - atualmente em 18% - até o final de 2021.
A alta nas alíquotas desses setores está em vigor desde 2016. Foi aprovada em 2015, no primeiro ano da gestão do ex-governador José Ivo Sartori (MDB). Na época, durante a votação na assembleia, uma emenda garantiu que a elevação duraria somente até 2018.
Com a aprovação daquele projeto, a alíquota básica foi elevada de 17% para 18%. O imposto sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações subiu de 25% para 30%. Sobre refrigerantes, a elevação foi de 18% para 20%.
Entretanto, as alterações não foram suficientes para o Palácio Piratini garantir os votos para aprovar a matéria. Entre as bancadas de oposição, PT e PDT se posicionaram contra a prorrogação; o PSOL anunciou que votaria a favor. A bancada do NOVO - independentes - também se manifestou contra. Da mesma forma, outros parlamentares anunciaram que votarão contra, como Eric Lins (DEM), Rui Irigaray (PSL) e Sérgio Turra (PP).
Por isso, em uma nova manobra protelatória, o governo retirou o quórum da sessão desta quinta - depois de aprovar a prorrogação dos contratos emergenciais com professores e outros profissionais da educação. A matéria foi aprovada por unanimidade (49 votos favoráveis). O texto autoriza o governo do Estado a prorrogar por até três anos o contrato de 25 mil profissionais da educação, contratados temporariamente.
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