O ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), 51 anos, venceu a disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro e voltará a comandar a cidade que governou entre 2009 e 2016. Ele obteve 64,07% dos votos válidos contra 35,93% do atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos).
Paes vai assumir o município em uma situação distinta do que administrou por oito anos, atualmente com baixa capacidade de investimento e sem uma Olimpíada para justificar o repasse de recursos federais.
O cenário fez com que o prefeito eleito vencesse tendo como principal mote de campanha melhorar a prestação de serviços, principalmente na saúde e transporte.
A rejeição ao atual prefeito foi um dos principais fatores que levaram ao resultado. Paes acumulou "apoio crítico" da maior parte dos partidos derrotados no primeiro turno.
O movimento se deveu tanto à rejeição a Crivella como ao presidente Jair Bolsonaro, que o apoiou, sem sucesso. A derrota do atual prefeito é mais um mau resultado dos aliados do presidente, tendência já verificada no primeiro turno.
Crivella deixa a prefeitura ficando pela primeira vez desde 2003 sem mandato - até 2016, ele foi senador.
Paes, por sua vez, vence a disputa após duas derrotas políticas consecutivas. Em 2016, seu candidato, o deputado Pedro Paulo (DEM), sequer chegou ao segundo turno na disputa vencida por Crivella. Há dois anos, perdeu a eleição ao governo do estado para Wilson Witzel (PSC), atualmente afastado do cargo.
A vitória de Paes solidifica o crescimento do DEM nas eleições municipais e se torna a principal capital administrada pelo partido no país.