A presença de idosos marcou a votação pela manhã em Porto Alegre no segundo turno das eleições neste domingo (29). Marta Azevedo, 69 anos, acostumada a participar dos pleitos, se apresentou logo cedo no Colégio Bom Conselho, maior zona eleitoral da Capital, para votar. "Eu acho que nós somos protagonistas nessas eleições. Temos a obrigação de escolher, de participar", afirma. O horário das 7h até 10h era preferencial para votação dos idosos, mas não exclusivo.
Ana Luiza Carvalho da Rocha, 68 anos, foi outra eleitora que fez questão de continuar exercendo o seu direito, embora as expectativas com os candidatos já não sejam mais as mesmas. "É o compromisso moral para tentar contribuir com a gestão de Porto Alegre", explicou. "Grandes esperanças com políticos não há mais", completou a eleitora.
Quem também esteve presente no colégio para a votação foi Maria Teresa Pegoraro, 68 anos. A eleitora não pôde comparecer no primeiro turno das eleições em razão do seu diagnóstico de Covid-19 e, por isso, lamenta não ter conseguido votar no seu candidato. "Eu vim votar por convicção. Senti muito em não poder ter votado no primeiro turno. Acho que política é uma coisa importantíssima, e está na hora de a gente mudar as coisas que estão aí, e é através da política que se faz isso", complementa.
O primeiro turno em Porto Alegre foi marcado por uma elevada abstenção, quando mais de 33% do eleitorado não foi às urnas. A expectativa dos candidatos é que o número de eleitores ausentes diminua, e mais gente que não votou no primeiro turno, como Maria Teresa, vote neste domingo.
Outro local que reúne bastante eleitores da Capital, o Colégio Anchieta também teve boa presença de idosos no horário preferencial. A eleitora Lucia Lisboa, 70 anos, fez questão votar, mesmo com a não obrigatoriedade para os cidadãos com mais de 70. "Eu tenho candidato que quero que vença", sustentou, reforçando a importância de votar.