Filas e grande participação de idosos marcaram as primeiras horas de votação no Colégio Bom Conselho, a maior zona eleitoral de Porto Alegre, com cerca de 10 mil eleitores. Por volta das 8h, as filas já dificultavam o deslocamento de eleitores no saguão do colégio, em grande maioria idosos.
No outro prédio do colégio, passando a área externa, o movimento era menor. Quando a reportagem chegou ao local, um senhor de 87 anos saía frustrado da seção no Bom Conselho, pois não conseguiu achar seu local de votação, nem obteve orientações para votar, e decidiu ir embora.
Outros eleitores salientaram a organização e a celeridade da votação na maior zona eleitoral de Porto Alegre. As pessoas com mais de 60 anos eram maioria no início da manhã - a votação foi antecipada em uma hora em função da pandemia do coronavírus e, das 7h às 10h, a prioridade é para idosos.
No início da manhã, a maioria dos eleitores eram pessoas acima de 60 anos. Luiza Prado/JC
Equipada com luva, máscara, protetor facial (face shield) e caneta, Teresa Costa, de 72 anos, não cogitou ficar de fora dessas eleições. "Enquanto tiver força nas pernas, virei votar" diz a eleitora, que foi ao Bom Conselho, com título e documento em mãos. Teresa foi um dos casos de votação rápida: ficou menos 10 minutos entre a identificação com mesário e o voto. Dona Celita Rosa, de 89 anos, também teve um voto tranquilo e ágil.
Embora o uso de protetor facial para mesários fizesse parte do protocolo sanitário, muitos deles no Colégio Bom Conselho não usavam o utensílio, assim como secretários e chefes de seção. O chefe da 2ª Zona Eleitoral, Roque Degrazia Neto, explicou que, pela manhã, o déficit de mesários influenciou na falta de orientações aos eleitores, já que muitos dos convocados pediram dispensa por fazer parte ou ter convívio direto com pessoas do grupo de risco. Além disso, houve zonas eleitorais com falta de urnas eletrônicas e foi necessária a transferência de alguns locais de votação dentro do Bom Conselho, comentou o chefe da 2ª Zona Eleitoral.