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Política

- Publicada em 12 de Novembro de 2020 às 08:24

TSE adia as eleições em Macapá, cidade que vive apagão há nove dias

Presidente do TSE, Luis Roberto Barroso acatou pedido do TRE

Presidente do TSE, Luis Roberto Barroso acatou pedido do TRE


EVARISTO SA/AFP/JC
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, decidiu na madrugada desta quinta-feira (12) adiar as eleições para prefeito e vereador em Macapá, a capital do Amapá. Barroso atendeu a um pedido do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Amapá, que fez a solicitação devido à falta de energia elétrica na capital. Nos demais municípios do estado a votação ocorrerá normalmente no domingo (15), sob a alegação de que há garantia para a segurança dos eleitores.
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, decidiu na madrugada desta quinta-feira (12) adiar as eleições para prefeito e vereador em Macapá, a capital do Amapá. Barroso atendeu a um pedido do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Amapá, que fez a solicitação devido à falta de energia elétrica na capital. Nos demais municípios do estado a votação ocorrerá normalmente no domingo (15), sob a alegação de que há garantia para a segurança dos eleitores.
Um apagão causado por incêndio em transformador em uma subestação de Macapá no dia 3 de novembro afetou 13 das 16 cidades do estado, prejudicando cerca de 700 mil pessoas. Foram cerca de 80 horas sem energia e, após esse primeiro momento, a luz começou a ser distribuída, mas de forma insuficiente, com um rodízio entre as regiões.
De acordo com a decisão de Barroso, o adiamento acontecerá até que sejam restabelecidas "as condições materiais e técnicas para a realização do pleito, com segurança da população". Não foi marcada uma nova data para a votação em Macapá e isso será discutido entre o TRE e o TSE. Na manhã desta quinta, o processo será levado ao plenário da corte para referendo.
O pedido feito pelo TRE-AP é baseado na falta de segurança para a realização das eleições na capital. A avaliação é respaldada por outros órgãos públicos, como a Polícia Rodoviária Federal, o Exército e a Abin (Agência Brasileira de Inteligência). "Não é legítimo exigir que a população de Macapá seja submetida ao sacrifício extremo de ser obrigada a comparecer às urnas em situação de calamidade pública, reconhecida por decreto municipal, e, ainda, de risco à segurança", afirma trecho da decisão.
Segundo o presidente do TRE-AP, Rommel Araújo, representantes das áreas de inteligência de órgãos de segurança relataram durante reunião a ocorrência de ações de vandalismo, "algumas delas dirigidas e coordenadas por membros de facções criminosas" na capital. Além disso, no caso da manutenção das eleições no domingo havia o temor de manifestações em frente aos locais de votação por causa da falta de energia elétrica e do desabastecimento de água que afeta a população. Nesse caso, as autoridades acreditam que os eleitores da capital correriam riscos.
Outro agravante é o fato de o efetivo da Polícia Militar estar reduzido porque vários policiais estão com a Covid-19. Na quarta-feira (11), a Polícia Civil do Amapá descartou que um raio tenha sido o causador do incêndio no transformador em uma subestação de Macapá. Laudo preliminar mostra que o fogo começou após uma peça do equipamento superaquecer. Dos três transformadores existentes no local, um pegou fogo e sobrecarregou o segundo, que acabou danificado. O terceiro já não estava funcionando.
Como parte das investigações, policiais apreenderam documentos nas instalações da empresa LMTE (Linhas de Macapá Transmissora de Energia), a concessionária do serviço energético no Amapá. A LMTE informou que colabora com as autoridades e que está "totalmente focada na retomada de 100% da energia no estado".
Folhapress
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