A disputa ao cargo chefe do Executivo municipal de São Leopoldo conta com quatro candidaturas. A corrida eleitoral na cidade acaba no próximo domingo, dia da votação, já que São Leopoldo não tem eleitores suficientes para um 2º turno. Para ter segundo turno, o município precisa ter mais de 200 mil eleitores aptos a votar.
Os quatro concorrentes representam lados bem definidos. De um, o atual prefeito Ary Vanazzi (PT) busca a reeleição e seu quarto mandato como prefeito da cidade. Sua candidatura constava como "Indeferida com recurso" pelo TRE em razão da Lei da Ficha Limpa, mas, no dia 4 de novembro, a Justiça Eleitoral julgou favoravelmente ao petista, que teve a candidatura deferida. A coligação do atual prefeito "Nosso Trabalho Constrói o Futuro" conta com PCdoB, PT, PTB, PDT, Republicanos e PSB.
Já o candidato Professor Célio (PSOL) chega para mais uma disputa a prefeitura e traz em seu plano um projeto "Ecossocialista" para São Leopoldo. Também enfatiza a importância das pautas identitárias para a população negra, LGBTTIA e mulheres. O PSOL vem para disputa com chapa pura. Ambas candidaturas, de Célio e Vanazzi, representam ideologias mais à esquerda, estando a chapa petista mais ao centro.
Na outra ala ideológica, à direita, mais duas outras chapas concorrem. A do Professor Nado (Cidadania), como é conhecido o candidato Ronaldo Teixeira da Silva, propõe a desburocratização da abertura de empresas na cidade e a duplicação do Parque Tecnosinos. Nado representa a coligação "São Leopoldo em primeiro lugar", composta por Avante, PP, PSDB, PSC, PTC, Cidadania e MDB.
O candidato Delegado Heliomar (DEM) encerra os nomes em disputa à prefeitura. O candidato busca alinhar sua imagem ao presidente da República Jair Bolsonaro, a começar pelo nome de sua coligação "São Leopoldo acima de tudo. Deus acima de todos", composta por DC, DEM, PSD, PSL, PRTB. Em seu plano, ele lista proposta para a retomada do setor industrial na cidade através de um "plano pós-pandemia".
Localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, São Léo, como é conhecida por moradores, tem no comércio e serviços o principal vetor no PIB da cidade, seguido de uma grande atividade industrial. Nas três áreas, a queda em razão da Covid-19 foi alta, e serão desafios a serem encarados pela nova gestão. A cidade já registrou 164 mortes ocasionadas pela Covid-19.