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Urnas eletrônicas recebem lacres de segurança e estão prontas para eleição em Porto Alegre
Mais de 2,6 mil urnas foram preparadas em operação que ocupou prédio na Zona Norte da Capital
LUIZA PRADO/JC
Patrícia Comunello
Os lacres que garantem a segurança da votação nas eleições brasileiras já estão devidamente colocados nas quase 26 mil urnas eletrônicas que serão escaladas para o primeiro turno no próximo domingo (15) no Rio Grande do Sul. Do grupo, 23 mil são as titulares, que estarão à espera dos eleitores nas seções eleitorais e outras 2,3 mil são as reservas, que podem substituir equipamentos com problemas.
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Os lacres que garantem a segurança da votação nas eleições brasileiras já estão devidamente colocados nas quase 26 mil urnas eletrônicas que serão escaladas para o primeiro turno no próximo domingo (15) no Rio Grande do Sul. Do grupo, 23 mil são as titulares, que estarão à espera dos eleitores nas seções eleitorais e outras 2,3 mil são as reservas, que podem substituir equipamentos com problemas.
VÍDEO: Reportagem mostra como são testes e segurança das urnas
O mutirão para fazer a preparação das urnas que receberão os votos em Porto Alegre foi de 29 de outubro até esta segunda-feira (9). São 2,6 mil para as seções da Capital, além de quase 200 reservas. A maior parte do Estado fez no mesmo período, a maioria terminou até antes e algumas localidades podem estar ainda na etapa final da preparação.
O Jornal do Comércio foi até o "QG" onde ficam os equipamentos antes de serem levados às seções, num grande galpão na Zona Norte da Capital, e conferiu o passo a passo dessa etapa. Os procedimentos fazem parte das medidas para manter a condição de inviolabilidade do equipamento e atualizar para a votação de 2020, que define prefeitos e vereadores. No Rio Grande do Sul, 497 cidades terão no pleito.
A preparação começa com a atualização do sistema de votação para este ano. Logo depois é inserido um cartão com os dados dos eleitores da seção onde a urna vai funcionar. Também é colocado o cartucho onde serão gravados os votos eletrônicos da seção. os dois dispositivos ficam na parte de trás da urna.
Equipamentos passam por diversos procedimentos até serem habilitados para o dia da eleição. Fotos: Luiza Prado/JC
"A partir daí a urna está apta para fazer o autoteste", diz o auxiliar de eleição, o relações público e produtor executivo de eventos Adriano Barboza, que atua pela primeira vez na função.
O autoeste leva um tempo. A sistema cumpre um checklist de funções. São 16 etapas, que vão desde a checagem da bateria da máquina á impressão do boletim da urna, feita após a conclusão da votação.
O curioso é que alguns programas que rodam na urna têm nomes de doces, como goiabada com queijo, cocada e algodão doce.
Também são feitos os testes de uso do teclado e de fones de ouvido para deficientes visuais e ainda do barulho que a urna emite quando o eleitor confirma o voto. O teclado do mesário da seção também é checado. Urna e teclado do mesário compõem o kit de votação.
Lacres são colocados em todos os dispositivos removíveis e ficam com manchas brancas caso alguém tente violá-los
Os procedimentos se encerram com a etapa final, que é a lacração da urna. "Todos os componentes removíveis e parafusos recebem um lacre azul, colado em cada unidade", explica Barboza. Depois que cada lacre é colado, não pode mais ser retirado.
"Se alguém tentar remover o lacre, vai aparecer manchas brancas no selo indicando que alguém tentou mexer depois que a urna já estava pronta para a votação. É um comprovante da segurança de todos os componentes colocados na urna. Isso não pode ser alterado", previne o relações públicas.
O último ato é colocar a urna e o teclado do mesário em uma caixa, que leva uma marcação da seção onde o equipamento vai ser usado. As caixas ficam empilhadas em grandes prateleiras no depósito e só sairão do prédio para serem levadas aos locais de votação.
O chefe da Seção de Administração das urnas e Voto Informatizado do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), Vanderlei Santos, explica que os trabalhos são abertos ao público, procedimento que é informado em edital. "Para que se prepare com a maior transparência", reforça . Autoridades como Ministério Público e partidos podem verificar os procedimentos.
Antes de começar a votação, também é feito um teste público dos sistemas de segurança pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para detectar eventuais vulnerabilidades ou riscos. "A urna eletrônica tem 24 anos de uso e se torna a cada pleito mais segura", diz
Barboza e Luísa estrearam na tarefa de eleição de eleição e trabalharam na preparação das urnas
A advogada Luísa Padilha e Barboza atuaram como auxiliares de eleições, contratados por uma terceirizada, pela primeira vez na preparação das urnas. Sobre participar da etapa que antecede a votação, Barboza comenta que é um orgulho porque a "eleição brasileira é um exemplo para o mundo".
"Vivendo aqui a gente enxerga os bastidores e a segurança. Serve de exemplo para o mundo devido à velocidade que é dado o resultado", resume o relações públicas.
Luísa lembra que a tarefa que levou dez dias tem muita responsabilidade e tem etapas muito interessantes. "Todas as pessoas deviam vir até aqui para ver como é", motiva a advogada, o que pode ser uma ideia para o período pré-segundo turno.