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Política

- Publicada em 05 de Novembro de 2020 às 21:55

Abstenções têm crescido gradativamente no Rio Grande do Sul

Na Região Sul, eleitores gaúchos são os mais faltosos nas urnas

Na Região Sul, eleitores gaúchos são os mais faltosos nas urnas


LUIZA PRADO/JC
Pedro Carrizo
Fenômeno brasileiro que tem se registrado durante a última década de processos eleitorais, o crescimento das abstenções também é sentido no Rio Grande do Sul. Entre as eleições municipais de 2008 e 2016 subiu de 16% para 25% em Porto Alegre, quando atingiu seu recorde. Uruguaiana também foi uma das cidades em que, no último pleito municipal, um quarto dos eleitores decidiram não ir às urnas.
Fenômeno brasileiro que tem se registrado durante a última década de processos eleitorais, o crescimento das abstenções também é sentido no Rio Grande do Sul. Entre as eleições municipais de 2008 e 2016 subiu de 16% para 25% em Porto Alegre, quando atingiu seu recorde. Uruguaiana também foi uma das cidades em que, no último pleito municipal, um quarto dos eleitores decidiram não ir às urnas.
A média das abstenções em todo o Estado durante os últimos seis turnos, de 2014 a 2018, é de 18%, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O dado coloca o Rio Grande do Sul como o que mais se absteve das eleições na Região Sul. Estados como Rio de Janeiro e São Paulo ultrapassam os 20% na média de abstenções. "Existe um fenômeno geral na ultima década de um ligeiro aumento de votos brancos, nulos e abstenções, que tem relação com um desencanto com a política por conta dos sucessivos escândalos de corrupção", diz Rodrigo Stumpf González, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
No caso específico de Porto Alegre, González atribui a alta das abstenções à falta de candidatos expressivos de esquerda nos 2º turnos das eleições municipais. Segundo o cientista político, o fenômeno se relaciona com o grau de diferenciação ideológica dos candidatos. "Da redemocratização para cá, a maior parte dos pleitos na Capital foi decidida em 2º turno, com representantes da esquerda. Mas nas últimas eleições, elas foram decididas por candidatos centristas, o que incentivou a abstenção de eleitores da esquerda."
Já Paulo Sergio Peres, professor no programa de pós-graduação em Ciência Política da Ufrgs, interpreta as abstenções nas disputas em Porto Alegre de outra maneira. De acordo com Peres, as eleições na Capital sempre haviam sido polarizadas entre a esquerda e o centro desde a redemocratização, o que colocava o eleitor de direita como impulsionador na alta das abstenções.
Ao longo do tempo, o eleitorado da direita se viu sem opção no 2º turno. "Este eleitor pode reagir com indiferença ao pleito de duas maneiras: se forem dois candidatos de esquerda ao 2º turno qualquer um dos dois é ruim para ele. Se forem dois de centro, como na eleição municipal de 2016, não vota pois acredita que o resultado não vai mudar sua vida,", diz Peres.
Ambos docentes concordam que o número de abstenções deste ano deve ser igual ou superior aos processos eleitorais passados em razão da pandemia de Covid-19. O não comparecimento deve ser impulsionado pelos eleitores acima de 65 anos, que fazem parte do grupo de risco ao vírus e não são obrigados a votar.
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