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Política

- Publicada em 19 de Outubro de 2020 às 22:21

Candidatos à prefeitura de Porto Alegre debatem ações para o comércio

Painel virtual promovido pelo Sindilojas e CDL trouxe questões do varejo e dos serviços

Painel virtual promovido pelo Sindilojas e CDL trouxe questões do varejo e dos serviços


REPRODUÇÃO YOUTUBE
Sete dos treze candidatos a prefeitura de Porto Alegre participaram do painel "Ações e propostas para o comércio", onde os postulantes responderam perguntas sobre o setor varejista, de comércio e serviços da cidade. O debate realizado nesta segunda-feira (19) contou a presença virtual de Manuela D’Ávila (PCdoB), Nelson Marchezan Júnior (PSDB), Sebastião Melo (MDB), Juliana Brizola (PDT), Valter Nagelstein (PSD), José Fortunati (PTB) e Gustavo Paim (PP), e foi promovido pelo Sindilojas e CDL Porto Alegre.
Sete dos treze candidatos a prefeitura de Porto Alegre participaram do painel "Ações e propostas para o comércio", onde os postulantes responderam perguntas sobre o setor varejista, de comércio e serviços da cidade. O debate realizado nesta segunda-feira (19) contou a presença virtual de Manuela D’Ávila (PCdoB), Nelson Marchezan Júnior (PSDB), Sebastião Melo (MDB), Juliana Brizola (PDT), Valter Nagelstein (PSD), José Fortunati (PTB) e Gustavo Paim (PP), e foi promovido pelo Sindilojas e CDL Porto Alegre.
Foi o sexto debate desde o início da disputa eleitoral em Porto Alegre. Nos demais encontros, os candidatos abordaram temas como o Plano Diretor da Capital, e propostas para as áreas da educação e da tecnologia, além de avaliarem a atual gestão do prefeito Marchezan
Durante o encontro, os participantes tiveram dois minutos para responder a cada uma das seis perguntas, construídas pela equipe de ambas entidades com base nas demandas do setor de comércio e serviços da Capital. O evento foi virtual, transmitido nos canais do Sindilojas e da CDL Porto Alegre no Youtube.
Todos os postulantes responderam as mesmas perguntas sobre temas que abordam a questão do transporte público, os horários de funcionamento do comércio, agilidade nos licenciamentos, liberação ambiental, combate ao comércio informal, educação, turismo, infraestrutura, equilíbrio fiscal e liberdade econômica. Os candidatos não fizeram perguntas entre si, embora as provocações não tenham ficado de lado durante todo o painel.
Ficaram de fora Fernanda Melchionna (PSOL), João Derly (Republicanos), Julio Flores (PSTU), Luiz Delvair (PCO), Montserrat Martins (PV) e Rodrigo Maroni (PROS). A candidata Fernanda Melchionna entrou com uma ação judicial na Justiça Eleitoral para participar do debate, que foi indeferida durante o evento. Segundo assessoria da CDL Porto Alegre, o critério de seleção dos participantes foi a pesquisa do Instituto Paraná, publicada em 28 de agosto, na qual os convidados ocupam as primeiras colocações.
A reportagem do Jornal do Comércio sintetizou a resposta dos sete candidatos para as três perguntas realizadas durante o painel “Ações e propostas para o comércio". A ordem de resposta dos candidatos segue a mesma do debate. O painel na íntegra está disponível no canal das Entidades no Youtube. Veja abaixo as respostas:
Pergunta 1 - A liberdade para empreender está diretamente ligada aos horários de funcionamento e ao trânsito de pessoas. Entendendo as particularidades restritivas de uma pandemia, que inclusive restringiu os horários de funcionamento do transporte público, o que pode ser feito para garantir a abertura do comércio e otimizar os horários de funcionamento do comércio e do transporte público?
Valter Nagelstein - As atividades têm que continuar e por isso é importante aumentar o número de ônibus na cidade. Eu acho que é preciso manter as empresas funcionando com uma estrutura hospitalar que possa albergar as pessoas que precisam.
Manuela d'Ávila - Assumir a ideia de que precisamos de diálogo para enfrentar essa crise sanitária, mas com estabilidade nas decisões. Porto Alegre precisa fazer a gestão própria para compra da vacina e uma política de testagem para reabrir de maneira estável as atividades.
Juliana Brizola - Nosso compromisso é com o diálogo permanente. Não há justiça social sem desenvolvimento econômico. É preciso garantir uma expansão gradativa do transporte público, modernizar as paradas de ônibus e iluminar a Capital para retomar a economia.
Nelson Marchezan Jr - Nós salvamos vidas e não deixamos ninguém sem atendimento. Somos exemplos em testagem, superamos capitais do Brasil e até outros países com nossa política. Nas próximas semanas vamos liberar os eventos, o ensino e reorganizar o número de ônibus em circulação.
Sebastião Melo - A questão de horário de funcionamento são os comerciantes que tem que resolver. A prefeitura tem que oferecer serviços para que o comércio funcione, como o transporte coletivo. Entendo que o comércio de bares e restaurantes tem que ter mais liberdade. Vamos reabrir todas as atividades com os protocolos necessários.
José Fortunati - Estamos atravessando uma situação dramática. É fundamental olhar para 2021 de forma a trabalhar contra a contradição entre saúde e economia para combater a Covid 19. Vamos criar um fundo de investimentos para trazer a vacina à Capital e assim trazer segurança na abertura do comércio.
Gustavo Paim - A instabilidade do abre e fecha agravou o panorama econômico da cidade. A primeira questão realmente necessária é abrir definitivamente, sempre respeitando todos os protocolos sanitários para que não haja outros decretos cerceando a atividade econômica e fechando novamente as atividades.
Pergunta 2 - A livre competição é um dos pilares da eficiência do setor privado, no entanto, esta competição deve acontecer em igualdade de condições para proteger o comércio legal e formal. Por isso perguntamos: Quais ações e medidas você tomará para coibir o comércio ilegal e informal?
Nelson Marchezan Jr. - Uma das ferramentas é a geração de empregos para combater informalidade como também buscar regularizar dos autônomos. Ampliar a fiscalização é da mesma forma importante e cresceu em nossa gestão, que investiu na integração das polícias e teve recorde de produtos clandestinos apreendidos.
Valter Nagelstein - Fui um dos agentes responsáveis pela consolidação do Camelódromo na cidade, o que manteve o Centro Histórico limpo durante o período em que fui secretário. Nos últimos anos perdemos muito do que foi construído naquela época e vai ser difícil reestruturar. O comércio formal deve ser priorizado nesta reestruturação.
Sebastião Melo - Pensamos em microcrédito para que esses empresários informais possam ter renda e buscar a regularização. Sobre a ilegalidade é necessário combater desde a fronteira com integração na segurança, trabalhando junto com o Estado e Federação. É preciso trabalhar com humanismo e pulso firme.
Gustavo Paim - Temos que agradecer quem empreende em Porto Alegre pois sabemos que é uma cidade burocrática, difícil de empreender. A cidade precisa respeitar quem empreende e gera renda e para isso evitar a concorrência desleal na ilegalidade. Para os informais é necessário desburocratizar a regularização
Juliana Brizola - Embora seja fundamental agir de maneira firme precisamos entender que a crise aumenta esse tipo de prática. Todas as medidas de combate serão sempre paliativas se não investirmos em desenvolvimento econômico. Para isso propomos políticas públicas para a construção civil, que é o setor que mais gera emprego.
Manuela d'Ávila - É preciso buscar no centro das políticas públicas a geração de trabalho e renda para diminuir a informalidade. Temos políticas de microcrédito e uma política para que as compras públicas alcancem pequenas e médias empresas. Também é preciso enfrentar o crime organizado por trás do comércio ilegal: os depósitos clandestinos e os que lucram em cima de trabalhadores de rua.
José Fortunati - Não podemos, pela questão social, admitir que a ilegalidade crie uma concorrência desleal. É preciso fiscalização coerente para coibir a ilegalidade. Do outro lado, resolver a questão social com microcrédito e capacitação profissional é fundamental.
Pergunta 3 - Para se formalizar, se instalar, funcionar e vender, uma empresa necessita de uma série de atos públicos de liberação (alvarás, licenças, autorizações, registros de propriedade, concessões etc.) que são de competência municipal e moldam o ambiente de negócios local e que são essenciais para abertura e atração de empresas. Quais mudanças você propõe para agilizar, desburocratizar, e atrair novos empreendimentos para Porto Alegre?
José Fortunati - Credenciar escritórios competentes para que a gente possa reduzir o prazo de licitações e terceirizar parte do processo. A desburocratização será uma marca do meu governo para alavancar o empreendedorismo. Pequenos e médios terão licenciamento rápido feito pela prefeitura e grandes empresas por escritórios credenciados.
Nelson Marchezan Jr. - Integralizamos o serviço de abertura de empresas através da Sala do Empreendedor, inaugurada durante a pandemia. Temos habite-se autodeclaratório e todos licenciamentos são digitais. Também está na câmara o licenciamento autodeclaratório na área ambiental. A ideia é seguir avançando neste sentido.
Valter Nagelstein - Participei da Lei Geral da Micro empresas em Porto Alegre. A cidade no entanto continua sendo anti empreendedora e precisamos resolver isso. Mas só a digitalização do licenciamento não resolve. As soluções são complexas e é preciso de experiências novas.
Juliana Brizola - Embora já tenha melhorado o tempo para liberação e abertura de empresas, precisamos qualificar esse serviço na Sala do Empreendedor. Facilitar a abertura de novos empreendimentos. estabelecer estratégias para atração de investimentos em alta tecnologia, com foco no Quarto Distrito.
Manuela d'Ávila - Fomentar a Sala do Empreendedor. Implementar a fila rápida e o licenciamento unificado estão entre as ações do meu plano de governo. Agentes de fiscalização em uma agência única de fiscalização, que sirva para instruir e orientar sobre os procedimentos que os empresários precisam fazer para sua empresa e para empreender.
Gustavo Paim - Falta liberdade econômica em Porto Alegre e este será o foco de minha gestão. Todos sabem o quanto nossa cidade é do papel e da burocracia. É preciso ter prazos máximos para todas licitações e digitalizar o serviço em um caminho único e integralizado.
Sebastião Melo - Se for prefeito tudo que tiver dando certo eu vou continuar. A questão do licenciamento tem que ser refeita. Baixo e médio empresário tem que ter auto licenciamento. Penso que precisamos suspender aumentos no IPTU também.
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