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Política

- Publicada em 17 de Outubro de 2020 às 15:32

Maia sobre CPMF: 'Não vou brigar com Paulo Guedes'

'O governo tem de encaminhar (proposta) e, a partir daí, vamos debater', afirmou Maia

'O governo tem de encaminhar (proposta) e, a partir daí, vamos debater', afirmou Maia


MARYANNA OLIVEIRA/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
Agência Estado
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se recusou a comentar as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que nessa sexta-feira (16) reforçou a possibilidade de criação de uma nova CPMF para financiar a desoneração da folha de pagamento das empresas.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se recusou a comentar as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que nessa sexta-feira (16) reforçou a possibilidade de criação de uma nova CPMF para financiar a desoneração da folha de pagamento das empresas.
"Eu não vou brigar com o ministro Paulo Guedes, não vou entrar nesse debate", disse Maia, em webinar promovido pela XP Macro Sales neste sábado (17). Na noite dessa sexta-feira, em live em inglês organizada também pela XP, Guedes disse que "enquanto as pessoas não vierem com uma solução melhor, eu prefiro a segunda melhor, que é esse imposto de merda".
Maia reconheceu que as últimas altercações com o ministro da Economia elevaram a insegurança para os agentes econômicos e disse ter prometido que não protagonizaria novos conflitos com Guedes até 1º de fevereiro, quando acaba seu mandato como presidente da Câmara.
Ele também disse ter dado a palavra de que, se o governo encaminhar a proposta de criação da nova CPMF, ela vai tramitar sem impedimentos na Câmara. "Mas o governo tem de encaminhar e, a partir daí, vamos debater", afirmou.
Maia afirmou que corporações ligadas ao Fisco em âmbito federal, estadual e municipal não desejam as mudanças trazidas pela reforma tributária porque "não querem perder poder". Maia também criticou a postura do empresariado brasileiro em relação à reforma.
"Me irrita muito essa paixão dos empresários por reforma administrativa e previdenciária. E quando chega a tributária, eles falam: 'vamos deixar para depois'", criticou.
O presidente da Câmara afirmou ainda que a adoção de um Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) será uma "grande revolução" e abrirá espaço para o encerramento de litígios judiciais e para redução dos custos das empresas. Ele também se disse otimista com a tramitação da reforma tributária. "Há ambiente para aprovar."
Maia ponderou, por outro lado, que a reforma não pode ser aprovada no Congresso sem a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele citou ainda o receio entre os prefeitos das capitais de que haja perda de receitas. "Pelo contrário", disse.
O presidente da Câmara também citou preocupação de Guedes em relação aos fundos de desenvolvimento regional, que poderiam retirar receitas do governo federal. "Isso não vai acontecer", disse.
Maia participou, na manhã deste sábado, de evento virtual da XP Investimentos.
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