Na cidade de Rio Grande, a mais antiga do Estado, oito candidatos disputam o posto de prefeito. Não há possibilidade de segundo turno, pois ainda que o município tenha pouco mais de 210 mil habitantes, o colégio eleitoral é menor do que os 200 mil eleitores necessários para ter a segunda etapa do pleito. Em Rio Grande, estão habilitadas a votar pouco mais 154 mil pessoas.
A gestão de Alexandre Lindenmeyer (PT) comanda a cidade há dois mandatos (2013-2020), sendo o único reeleito desde a redemocratização em 1985. Darlene Pereira é a candidata da situação e irá em busca do terceiro mandato petista consecutivo, com uma coligação formada por PT, PSB, PV PCdoB e Cidadania, partido este que indicou o candidato a vice-prefeito, Renatinho Gomes.
De todos os candidatos registrados, apenas o emedebista Fábio Branco já foi prefeito da cidade, eleito em 2000 e 2008, cumprindo dois mandatos à frente de Rio Grande (2001 a 2004 e 2009 a 2012), sendo que no intervalo dos mandatos quem assumiu foi seu primo Janir Branco (MDB).
A candidatura de Fábio Branco é a que tem mais partidos coligados, com siglas na aliança: MDB, Republicanos, Patriota, Pode, PP, PSDB, PTB, Solidariedade e PSC.
Assis Lilja (PSD) é o candidato a prefeito da coligação entre Avante, Pros e o PSD. Já a candidatura de Augusto César (DEM) é coligada com o PRTB, embora a chapa seja pura - o vice de César, Juiz Senna, também é filiado ao DEM.
Os demais partidos na disputa eleitoral, PSL, PL e PSOL, vêm com chapas formadas sem coligação: Ademar Moraes (PSL), Simone Costa (PL) e Vera Mayorca (PSOL).
A cidade de Rio Grande é um importante polo industrial, quinto maior PIB gaúcho e tem a principal ligação marítima do Estado: o Porto de Rio Grande. Nos planos de governo deste ano, são recorrentes propostas para atrações de empresas, tanto para o Porto de Rio Grande quanto para seu Distrito Industrial, mas sem ênfase à indústria naval, por nenhum dos candidatos.
Há cerca de 15 anos, Rio Grande viveu com euforia a construção de seu polo naval, fabricando plataformas de petróleo e outros equipamentos da indústria naval. Mas, a partir de 2016, com as denúncias de corrupção na Petrobras e preços mais favoráveis no mercado chinês, foram suspensas novas encomendas e construções, o que afetou a economia para além do polo naval.
Mesmo assim, ainda há iniciativas para retomada da construção naval na cidade, a exemplo do estaleiro Ecovix, que firmou parceira com o governo federal para acelerar a retomada do polo.