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Política

- Publicada em 05 de Outubro de 2020 às 18:33

Pesquisa da Famurs aponta que 74% dos prefeitos devem tentar reeleição no RS

Levantamento mostra que 291 gestores de cidades gaúchas tentarão novo mandato  em novembro

Levantamento mostra que 291 gestores de cidades gaúchas tentarão novo mandato em novembro


/ROBERTO JAYME./ASCOM/TSE/JC
Levantamento divulgado pela Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs) mostra que 291 gestores de cidades gaúchas tentarão novo mandato em 15 de novembro. Segundo a pesquisa, 392 do total de gestores municipais que assumiram o cargo na última eleição, em 2016, estão aptos a disputar o segundo mandato. No entanto, 291 manifestaram interesse na reeleição.
Levantamento divulgado pela Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs) mostra que 291 gestores de cidades gaúchas tentarão novo mandato em 15 de novembro. Segundo a pesquisa, 392 do total de gestores municipais que assumiram o cargo na última eleição, em 2016, estão aptos a disputar o segundo mandato. No entanto, 291 manifestaram interesse na reeleição.
 Ainda assim, de acordo com a entidade, este é um dos maiores índices de busca pela reeleição para chefia de executivos municipais. No pleito anterior, menos da metade dos prefeitos e prefeitas concorreu e 155 foram eleitos novamente. Para o presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Maneco Hassen, a escolha dos gestores por um novo mandato representa coragem, além de preocupação com seus municípios e cidadãos, frente ao momento de crise causado pela pandemia, e que deve se manter em 2021. “A partir do ano que vem teremos os reflexos econômicos e sociais de uma crise como esta que estamos passando e que, infelizmente, irá se perpetuar por um tempo. Os prefeitos e prefeitas enfrentarão um aumento de demanda na prestação de serviços públicos, como saúde, vagas na educação e assistência social. São homens e mulheres corajosas, abnegados e preocupados com a sua cidade”, ressalta.
O levantamento elaborado pela Famurs também aponta que 101 gestores que poderiam tentar a reeleição optaram por não entrar na disputa novamente. Os motivos para esta decisão são diversos, como articulação política, pressão administrativa ou até mesmo questões pessoais. De acordo com o presidente da Famurs, as principais razões são a dificuldade de se fazer gestão pública, o aumento frequente de responsabilidades e as limitações financeiras. “Este número elevado de desistências nos surpreendeu, mas representa o aumento de responsabilidades dos municípios, que vêm assumindo serviços com menor repercussão financeira e com menor aporte financeiro dos governos federal e estadual”, justifica Hassen.
Na visão do dirigente, a desistência dos prefeitos de concorrerem à reeleição também está relacionada à pressão cada vez maior do Tribunal de Contas e do Ministério Público, "que interferem na gestão dos municípios, em situações que muitas vezes os gestores não têm culpa ou não realizam de maneira dolosa". Segundo ele, muitos dos casos poderiam ser resolvidas com diálogo e orientações por parte dos órgãos de controle. “Isso é algo que tem melhorado, através de parcerias e trabalhos conjuntos com os órgãos de fiscalização, mas precisamos nos esforçar para melhorar a relação com os municípios. Certamente este é um fator que inibe a participação das pessoas na política, e boa parte dos prefeitos e prefeitas que poderiam ir à reeleição não vão por conta dos processos que certamente sofrerão depois que saírem da administração municipal”, diz.
Do total de prefeitos e prefeitas, 206 já estão em segundo mandato, o que aponta a necessidade de renovação da gestão dos municípios.
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