Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 29 de Setembro de 2020 às 12:16

Em último dia da força-tarefa, Lava Jato de SP apresenta 5ª denúncia contra Paulo Preto

Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, foi mais uma vez denunciado

Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, foi mais uma vez denunciado


ANTONIO CRUZ/ABR/JC
Em seu último dia nos moldes atuais, a força-tarefa da Lava Jato de São Paulo denunciou na manhã desta terça-feira (29) ex-diretores da Dersa (estatal paulista de rodovias) sob acusação de lavagem de dinheiro de propina. Os valores, segundo a acusação, foram pagos para favorecer empreiteiras em obras tocadas nas gestões dos ex-governadores tucanos José Serra e Geraldo Alckmin.
Em seu último dia nos moldes atuais, a força-tarefa da Lava Jato de São Paulo denunciou na manhã desta terça-feira (29) ex-diretores da Dersa (estatal paulista de rodovias) sob acusação de lavagem de dinheiro de propina. Os valores, segundo a acusação, foram pagos para favorecer empreiteiras em obras tocadas nas gestões dos ex-governadores tucanos José Serra e Geraldo Alckmin.
São denunciados os ex-diretores de engenharia Mário Rodrigues Júnior e, pela quinta vez na Lava Jato paulista, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. A acusação do Ministério Público Federal aponta suspeita de ocultação de recursos ilícitos pagos pela Galvão Engenharia para fazer parte do cartel de construtoras que atuou em obras como o Rodoanel Sul e o Sistema Viário Metropolitano de São Paulo.
Os valores foram enviados para contas na Suíça e são estimados em US$ 10,8 milhões - mais de R$ 60 milhões, no câmbio desta terça. Mário Rodrigues Júnior e Paulo Preto, diz a Procuradoria, receberam dinheiro no exterior por meio de empresas registradas em paraísos fiscais. O recebimento da propina teria acontecido entre 2005 e 2009 e os valores foram mantidos fora do Brasil até 2017.
Além deles, são denunciados o ex-executivo da Galvão Engenharia José Rubens Goulart Pereira e seu irmão Cristiano Goulart Pereira. A acusação afirma que Cristiano atuava como representante dos ex-diretores da Dersa na movimentação das contas fora do Brasil. Segundo a acusação, Cristiano, Mário Rodrigues e Paulo Vieira tinham contas no banco Bordier & Cie, abertas em nome de empresas geridas pela mesma pessoa jurídica.
Também foi denunciada a então mulher de Mário Rodrigues, Andrea Bucciarelli Pedrazzoli, sob acusação de receber parte dos valores transferidos a ele. A investigação usa como base delações premiadas de ex-executivos da Galvão Engenharia e da Odebrecht, e também analisou documentos bancários enviados pela Suíça que apontam as movimentações financeiras descritas pelos procuradores.
Procurado, o advogado de Paulo Vieira de Souza, Alessandro Silvério, disse que se manifestará nos autos. A reportagem não conseguiu localizar os advogados dos demais acusados. A denúncia é assinada por quatro membros da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo, que pediram desligamento e a partir desta quarta (30) já não atuam mais na operação, e também pela procuradora Viviane Martinez, que passa a ficar à frente das investigações.
Folhapress
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO