Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.
Saúde, educação e desburocratização foram temas recorrentes em debate com candidatos à prefeitura de Porto Alegre
Os 13 candidatos apresentaram suas propostas no segundo debate da eleição municipal de 2020
MARCO QUINTANA/JC
Marcus Meneghetti
Entre um confronto e outro durante o segundo debate eleitoral de 2020, organizado pela Rádio Gaúcha nesta segunda-feira (28), os 13 candidatos à prefeitura de Porto Alegre apresentaram suas propostas para a Capital. Embora os temas tenham sido bem diversos, três assuntos foram recorrentes: educação, saúde e desburocratização da máquina pública.
Quer continuar lendo este e outros conteúdos sérios e de credibilidade?
Assine o JC Digital com desconto!
Personalize sua capa com os assuntos de seu interesse
Acesso ilimitado aos conteúdos do site
Acesso ao Aplicativo e versão para folhear on-line
Conteúdos exclusivos e especializados em economia e negócios
Entre um confronto e outro durante o segundo debate eleitoral de 2020, organizado pela Rádio Gaúcha nesta segunda-feira (28), os 13 candidatos à prefeitura de Porto Alegre apresentaram suas propostas para a Capital. Embora os temas tenham sido bem diversos, três assuntos foram recorrentes: educação, saúde e desburocratização da máquina pública.
Em diversos momentos, os candidatos trocaram farpas. Os principais alvos dos adversários foram o candidato à reeleição Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e a líder nas pesquisas de intenção de voto, Manuela d'Ávila (PCdoB). Entretanto, isso não impediu que todos apresentassem propostas para as mais diversas áreas da administração municipal.
O debate aconteceu no formato de drive-in: os candidatos estacionaram seus carros no estacionamento da emissora e responderam às perguntas dentro dos veículos. Foram três blocos. No primeiro, responderam a perguntas da população. No segundo, fizeram perguntas uns aos outros. No terceiro, fizeram as considerações finais.
Confira algumas propostas apresentadas pelos candidatos.
Fernanda Melchionna (PSOL): Criticou a gestão de Nelson Marchezan Júnior (PSDB) em diversos aspectos. Prometeu, por exemplo, revogar as medidas aprovadas pelo governo tucano que prejudicaram os servidores públicos municipais, como a retirada de progressões salariais da carreira dos municipários. Também se apresentou como opositora ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Gustavo Paim (PP): Gustavo Paim lembrou que, como vice-prefeito, coordenou os grupos de trabalho que entregaram e encaminharam o trecho 1 e trecho 3 da revitalização da Orla do Guaíba. Elogiou as medidas de liberdade econômica adotadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro e disse que, graças ao auxílio emergencial do Palácio do Planalto, a crise decorrente da pandemia não vai ser tão forte. Defendeu a redução da burocracia para os empreendedores, através de ações como o fim da necessidade de alvará para negócios de baixo risco e prazo máximo para a prefeitura dar uma resposta aos pedidos de licenciamento na Capital.
João Derly (Republicanos): João Derly defendeu três ações para melhorar a educação em Porto Alegre: diálogo com a sociedade na construção dos planos de educação; maior patrulhamento nas escolas para aumentar a segurança de professores e alunos; e o estabelecimento de atividades educacionais no contraturno escolar. Também defendeu a desburocratização dos trâmites para empreendimentos na Capital. Prometeu regulamentar a Lei de Liberdade Econômica municipal.
José Fortunati (PTB): José Fortunati defendeu as realizações da sua gestão e a interrupção de projetos pelo seu sucessor, Nelson Marchezan Júnior (PSDB). Prometeu reforçar os conselhos municipais e o Orçamento Participativo na cidade. Também expressou a necessidade de adaptar a cidade para as pessoas com deficiência.
Juliana Brizola (PDT): Juliana Brizola – nesta do ex-governador Leonel Brizola (PDT) – disse que vai priorizar a principal bandeira do seu avô: a educação. Para isso, afirmou que o time de especialistas que está montando o plano de educação da sua candidatura conta com o secretário de Educação de Sobral (CE), município com maior Ideb (Índice de Desenvolvimento de Educação Básica) do Brasil. Defendeu escolas de turno integral e creches noturnas. Garantiu que, se eleita, vai colocar todas as crianças em creches para que as mães possam trabalhar.
Júlio Flores (PSTU): Júlio Flores defendeu a instituição de conselhos populares. Eles ajudariam a formular, entre outras coisas, um plano de obras estratégicas para Porto Alegre, que iriam desde a edificação de infraestrutura viária até a construção de moradias para a população de baixa renda. Também ressaltou que seria uma maneira de gerar empregos na Capital. Criticou ainda a volta às aulas antes da distribuição de uma vacina contra a Covid-19.
Luiz Delvair Martins Barros (PCO): Luiz Delvair Martins Barros criticou a falta de exames para detectar a Covid-19, disponibilizados na rede municipal de saúde. Criticou Valter Nagelstein (PSD) por ter feito um vídeo durante o isolamento social “com a dancinha do Covid-19”, no qual Nagelstein e sua família fazem uma paródia de um meme da internet. Defendeu um governo socialista no Brasil e a candidatura à presidência da República do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Manuela d’Ávila (PCdoB): Manuela d’Ávila sustentou que, se eleita, pretende governar dialogando com as comunidades de Porto Alegre. Mencionou um programa de microcrédito para empreendedores na Capital. Apontou a escola de turno integral como uma possibilidade para recuperar o ano letivo de 2020. Prometeu que, se chegar ao paço municipal, vai negociar uma vacina para proteger a população de Porto Alegre da Covid-19. E se comprometeu com um programa para erradicar a fome do território da Capital.
MontSerrat Martins (PV): Montserrat Martins protestou contra a instalação da Mina Guaíba perto de Porto Alegre, alertando para o risco de contaminação da água e do ar na Capital. Defendeu debates públicos sobre isso. Também se comprometeu com a ampliação da malha de ciclovias e ciclofaixas. Defendeu ainda a modernização do transporte público, implementando veículos menos poluentes, como por exemplo os ônibus elétricos.
Nelson Marchezan Júnior (PSDB): Nelson Marchezan Júnior elencou as ações da prefeitura durante a pandemia de coronavírus em Porto Aleg. Disse que sua gestão aumentou o número de leitos, construiu hospitais, diminuiu 85% das filas em especialidades (antes da pandemia). Garantiu que, durante a pandemia, ninguém ficou sem atendimento. Também sustentou que não houve ilegalidade na aplicação de R$ 3,1 milhões em publicidade da prefeitura, pois a Câmara Municipal autorizou no orçamento da cidade a aplicação de até R$ 6 milhões para este fim. O gasto com publicidade motivou o processo de impeachment contra o prefeito que tramita na Câmara. Também mencionou as medidas de segurança na Capital, que teria diminuído, entre outros crimes, 60% dos furtos de veículos.
Rodrigo Maroni (PROS): Rodrigo Maroni pediu para que as pessoas adotassem animais. Também criticou a maioria das outras candidaturas, alegando que ninguém sabia como lidar com a pandemia de coronavírus, por exemplo. Também reclamou do que considerou uma contradição: antigos aliados políticos que são adversários nesta eleição. E ironizou o fato de todos os candidatos participarem do debate com máscaras e outras proteções contra a Covid-19, enquanto os alunos da rede municipal se preparam para a volta às aulas.
Sebastião Melo (MDB): Sebastião Melo apontou o transporte público entre os principais desafios da prefeitura. Para ele, é necessário uma nova licitação, que prometeu fazer com diálogo com as empresas e usuários. Também defendeu a integração entre o transporte da capital. Prometeu ainda medidas de desburocratização do licenciamento na Capital, como a implementação do autolicenciamento para empreendimentos de baixo risco. Também projetou um programa de microcrédito, acompanhado de qualificação profissional para micro e pequenos empreendedores. Garantiu que, caso seja eleito, na sua gestão, a fiscalização da EPTC será pedagógica, não punitiva.
Valter Nagelstein (PSD): Valter Nagelstein lamentou que o atual governo municipal não tenha levado adiante um projeto de desenvolvimento do Quarto Distrito, desenvolvido quando Nagelstein estava à frente da então Secretaria Municipal de Urbanismo. Defendeu microcrédito, investimentos de infraestrutura e outras melhorias na região. Também sustentou que, em vez de gastar R$ 3,1 milhões em publicidade, a prefeitura deveria ter usado o dinheiro para comprar tablets para alunos da rede municipal e implementar uniformes nas escolas do município. Se comprometeu com isso. Também criticou Manuela d’Ávila por não ter experiência no Executivo.