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Política

- Publicada em 22 de Setembro de 2020 às 18:03

Parlamentares repercutem pronunciamento de Bolsonaro na ONU; Observatório do Clima cita falas 'calculadamente delirantes'

Assembleia das Nações Unidas ocorre em formato virtual neste ano

Assembleia das Nações Unidas ocorre em formato virtual neste ano


UNITED NATIONS/RICK BAJORNAS/HANDOUT/AFP
Governistas viram na fala do presidente Jair Bolsonaro, na abertura da 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), uma defesa consistente sobre as questões ambiental e da soberania nacional. O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, assistiu ao discurso junto ao presidente e foi às redes sociais parabenizá-lo pelo desempenho.
Governistas viram na fala do presidente Jair Bolsonaro, na abertura da 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), uma defesa consistente sobre as questões ambiental e da soberania nacional. O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, assistiu ao discurso junto ao presidente e foi às redes sociais parabenizá-lo pelo desempenho.
Parlamentares de diversos partidos da oposição questionaram a veracidade dos fatos apresentados Assembleia Geral da ONU, principalmente a minimização dos incêndios florestais na Amazônia e no Pantanal e o valor pago como auxílio emergencial - Bolsonaro afirmou que, somadas, as parcelas do auxílio emergencial pagas no Brasil durante a pandemia somam aproximadamente US$ 1.000, o que na cotação atual equivale a R$ 5.481,20.
Líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (REDE-AP) questionou o ponto. "Alguém sabe me dizer qual o brasileiro que recebeu esse auxílio emergencial de US$ 1.000 que Bolsonaro falou na ONU?".
Rodrigues ainda afirmou que o presidente mentiu ao afirmar que adota uma política de tolerância zero em relação às queimadas e que o STF tirou a responsabilidade da União de combater a pandemia, lembrando que Bolsonaro reduziu o orçamento e o número de fiscais do Ibama e que a decisão da Justiça apenas dividiu responsabilidades entre estados, municípios e União.
O deputado federal André Figueiredo (PDT-CE), líder da oposição na Câmara, chamou o presidente de mentiroso. "Bolsonaro foi à Assembleia-Geral da ONU para mentir. Será demolido pela imprensa internacional e brasileira."
Outro a apontar mentiras no pronunciamento do presidente foi o líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ). O deputado afirmou que não há campanha de desinformação sobre Amazônia e Pantanal, mas sim uma ação sistemática do governo para reduzir fiscalização, ameaçar fiscais e estimular atividades ilegais. Molon também apontou inconsistências sobre o auxílio prestado aos povos indígenas.
Para o Observatório do Clima - entidade ambientalista que reúne mais de 50 Organizações não governamentais (ONGs) e movimentos sociais -, as falas do presidente foram "calculadamente delirantes" e confirma as preocupações de investidores estrangeiros quanto às crises ambiental e sanitária no País.
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