Pelo menos sete partidos pretendem lançar candidatos para concorrer à prefeitura de Pelotas nas eleições municipais de 2020. Neste pleito, a cidade - localizada na Metade Sul do Estado - poderá ter segundo turno. Com mais de 343 mil habitantes, o município possuía em agosto deste ano quase 241 mil eleitores registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Apenas as cidades com eleitorado superior a 200 mil podem ter segundo turno. Além disso, a economia pelotense representa o nono maior PIB do Rio Grande do Sul. Tudo isso, faz de Pelotas uma cidade estratégica para os partidos políticos.
Lá, a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) deve tentar a reeleição. Ela - que era vice do então prefeito Eduardo Leite (PSDB) - disputou a eleição de 2016 como sucessora do projeto tucano. Entre os partidos que apoiam a candidatura da prefeita, estão o PTB e o PSL. Este último, inclusive, conta com o maior tempo de propaganda gratuita no rádio e televisão.
Paula ainda não tem um nome para vice. A princípio, o candidato a vice-prefeito seria o presidente municipal do PP, vereador Roger Ney. Mas um racha dentro do PP acabou não só fazendo com que Paula perdesse seu vice, como também retirou o PP da coligação liderada pelo PSDB.
Uma ala do PP defendia o apoio à candidatura à reeleição da prefeita, com Roger Ney como candidato a vice-prefeito. Outra ala do partido, entretanto, apoiava a pré-candidatura à prefeitura do ex-deputado e ex-prefeito de Pelotas Adolfo Fetter Júnior.
Em 1 de setembro, o diretório pelotense chegou a aprovar a indicação de Ney para vice. Contudo, uma semana depois, o diretório estadual anulou a decisão municipal e lançou a candidatura de Fetter Júnior à prefeitura de Pelotas.
O MDB estuda lançar uma candidatura própria. Quatro pré-candidatos disputam a indicação do partido: Danilo Rodrigues, Fabrício Matiello, Flávio Souza e João Carlos Pires da Rosa. De qualquer forma, os emedebistas pelotenses devem realizar sua convenção próximo ao final do prazo - que, conforme o calendário do TSE, encerra em 15 de setembro.
Entre os partidos de centro-esquerda, o PDT também teve vários pré-candidatos à prefeitura de Pelotas. Entretanto, com o passar do tempo, vários nomes desistiram da disputa - o que aumentou as chances da pré-candidata Cristina Oliveira. Ela é vereadora pela sigla e tem uma atuação marcada pela defesa dos direitos dos animais.
O PT pode concorrer com uma chapa pura. O candidato a prefeito será o vereador Ivan Duarte. Ele é psicólogo de profissão. Caso os petistas não se coliguem com nenhuma outra legenda para a disputa, a servidora pública, psicóloga e educadora Ìyá Sandrali será a companheira de chapa de Ivan.
O PSB aposta na candidatura de Tony Sechi - um jovem de 28 anos, formado em gestão pública pela UFPel. Ele é o presidente nacional da juventude do PSB e é ligado ao ex-vice-governador do Estado, Beto Gril.
O professor Júlio Domingues, outro jovem, é o pré-candidato do PSOL. Ele, que faz parte da direção estadual do partido, já foi candidato a vice-prefeito em 2012. Era chefe de gabinete da vereadora Fernanda Miranda.
O Podemos aposta em um perfil apolítico. O pré-candidato da legenda à prefeitura é o jornalista, empresário e presidente municipal da sigla, Marcelo Oxley.