Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 20 de Agosto de 2020 às 15:05

Damares pede para PF apurar vazamento de nome de menina vítima de estupro

Pasta nega que vazamento dos dados partiu do governo

Pasta nega que vazamento dos dados partiu do governo


VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL/JC
Agência Estado
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, pediu à Polícia Federal que investigue o vazamento de dados pessoais da menina de 10 anos que foi estuprada e engravidada pelo tio em São Mateus, no Espírito Santo. No domingo (16) a extremista Sara Giromini divulgou nas redes sociais o nome da criança, prática vedada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Sara é ex-funcionária da pasta comandada por Damares.
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, pediu à Polícia Federal que investigue o vazamento de dados pessoais da menina de 10 anos que foi estuprada e engravidada pelo tio em São Mateus, no Espírito Santo. No domingo (16) a extremista Sara Giromini divulgou nas redes sociais o nome da criança, prática vedada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Sara é ex-funcionária da pasta comandada por Damares.
As postagens, em texto e vídeo, viralizaram nas redes sociais. Nelas, Sara divulgava o hospital onde a vítima ia passar pelo procedimento de interrupção da gravidez, autorizado pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo. No dia em que a menina foi internada, um grupo de pessoas contra o aborto foi para a frente do hospital e tentou impedir o procedimento.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (20), Damares solicita ao ministro da Justiça, André Mendonça, o encaminhamento do caso à Polícia Federal, além da articulação com a polícia do Espírito Santo para o possível indiciamento dos responsáveis.
Na segunda-feira (17), a pasta já havia divulgado uma nota negando que técnicos do ministério tivessem acesso ao nome da criança ou endereço da família, rejeitando que o vazamento dos dados tivesse partido do governo.
"Lamentável que um caso tão triste tenha suscitado, desde o início da última semana, uma campanha desnecessária contra o envolvimento do ministério", afirma a nota de segunda-feira.
Conforme antecipou o BR Político, o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) protocolou requerimento na quarta-feira (19) para convocar Damares para prestar esclarecimento na Câmara sobre o vazamento de dados sigilosos da menina de 10 anos estuprada pelo tio.
Na quarta-feira (19) o Ministério Público do Espírito Santo denunciou Sara e cobrou uma indenização de R$ 1,32 milhão. Em ação civil, o MP argumenta que a conduta adotada pela extremista "está incluída em uma estratégia midiática de viés político-sensacionalista, que expõe a triste condição da criança de apenas 10 anos de idade", e que a divulgação dos dados pessoais da criança contraria o que está disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO