Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 10 de Julho de 2020 às 12:50

Bolsonaro nomeia olavista e dono de universidade para Conselho Nacional de Educação

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou nesta sexta-feira (10) novos membros do Conselho Nacional de Educação (CNE). A lista contempla um aluno do escritor Olavo de Carvalho, um dono de universidade e um ministro do Superior Tribunal Militar.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou nesta sexta-feira (10) novos membros do Conselho Nacional de Educação (CNE). A lista contempla um aluno do escritor Olavo de Carvalho, um dono de universidade e um ministro do Superior Tribunal Militar.
Uma lista prévia de indicados havia sido encaminhada à Casa Civil pelo ex-ministro Abraham Weintraub antes de ele deixar o cargo em 18 de junho. O governo aguardava a definição do novo ministro da Educação para as nomeações, mas os mandatos agora repostos vencem nesta sexta-feira.
Sem as nomeações, o CNE poderia ficar com quórum comprometido para realizar as deliberações.
Foram nomeados 11 membros, e a conselheira Suely Menezes e do atual presidente do órgão, Luiz Roberto Liza Curi, foram reconduzidos. O órgão é dividido em duas câmaras - educação básica e educação superior -, e as nomeações fizeram acenos aos chamados grupos ideológicos de apoio ao presidente.
Para a Câmara de Educação Básica, a lista inclui o olavista e ex-assessor do MEC Tiago Tondinelli, a diretora do sistema Batista de Educação, Valseni Braga, e o professor de história da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Gabriel Giannattasio, admirado por olavistas.
Também foram nomeados para essa câmara os professores Fernando Capovilla e Augusto Buchweitz, ambos com pesquisas na área de alfabetização, a vice-presidente da Federação Nacional de Escolas Particulares, Amábile Pácios, e o professor William Ferreira da Cunha.
Na Câmara de Educação Superior, Bolsonaro nomeou um dos nomes cotados para assumir o MEC, o reitor da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), Aristides Cimadon.
Também compõem a relação o dono da Unicesumar, Wilson de Matos Silva, o ministro do Superior Tribunal Militar José Barroso Filho, e o professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) Anderson Luiz Bezerra da Silveira.
O CNE é responsável por diversas deliberações da educação, como diretrizes educacionais, curriculares e aprovações de cursos superiores.
Na gestão do ministro Ricardo Vélez Rodrigues, da qual Tondinelli fez parte, o MEC chegou a estudar a extinção do conselho. O órgão era chamado de "Conselho Soviético de Educação" pelos membros mais radicais da pasta.
O histórico de decisões do CNE, entretanto, indicam um alinhamento comum às políticas do MEC e às demandas do setor privado de ensino superior.
Folhapress
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO