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Política

- Publicada em 08 de Julho de 2020 às 21:10

"Prioridade é salvar vidas", diz presidente da Famurs

Novo presidente da Famurs, Maneco Hassen defende diálogo entre governo e municípios

Novo presidente da Famurs, Maneco Hassen defende diálogo entre governo e municípios


MARCO QUINTANA/JC
Carlos Villela
Em cerimônia virtual realizada nesta quarta-feira (8), o prefeito de Taquari, Maneco Hassen (PT), tomou posse como presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), com a missão de representar as administrações municipais durante a maior crise de saúde da história recente do Estado.
Em cerimônia virtual realizada nesta quarta-feira (8), o prefeito de Taquari, Maneco Hassen (PT), tomou posse como presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), com a missão de representar as administrações municipais durante a maior crise de saúde da história recente do Estado.
Hassen, que está no último ano de seu segundo mandato, substitui o prefeito de Palmeira das Missões, Eduardo Freire (PDT), como presidente da entidade. Ele assume no modelo de rodízio, no qual a entidade é presidida a cada ano por um prefeito dos quatro partidos mais votados no último pleito - neste caso, PP, PMDB, PDT e PT.
Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, Hassen falou sobre as demandas dos prefeitos para a sua gestão, como a votação dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e a preocupação com a queda na arrecadação.
Jornal do Comércio - O senhor assume a presidência da Famurs em uma situação insólita por conta da pandemia de Covid-19. Como é esse desafio?
Maneco Hassen - É o momento mais desafiador dos 44 anos da entidade, de muita apreensão e dificuldade para os municípios, mas que estamos encarando com responsabilidade e muita vontade de trabalhar, exercer muito diálogo com todas as lideranças do Estado para que possamos ajudar os municípios a encontrar as melhores soluções para os momentos de dificuldade que estamos passando.
JC - O governo do Estado implantou um modelo de distanciamento de bandeiras que recentemente foi flexibilizado, permitindo que municípios que não registraram morte ou hospitalização nos 14 dias anteriores possam funcionar com regras locais e bandeira laranja, mesmo em região de bandeira vermelha. Antes disso, houve até um movimento por parte dos prefeitos para desobedecer a classificação. Como lidar com o conflito entre prefeitos e o Piratini?
Hassen - Esse também é o papel da Famurs. Fazer essa intermediação, representar o conjunto das prefeituras, ter a oportunidade de exercer sempre o diálogo, não só com os prefeitos e prefeitas, mas com o governo do Estado, Assembleia Legislativa e demais poderes. Esse é o desafio, porque no momento de normalidade dificilmente há divergências entre administradores sobre as questões do municipalismo. Mas o momento em que estamos vivendo exige de todos solidariedade e diálogo para que possamos contemplar, se não todas as visões, pelo menos a média dos pensamentos dos gestores públicos do Rio Grande do Sul, e encontrar o caminho dos municípios e representá-los da melhor forma possível.
JC - O senhor é a favor do distanciamento controlado?
Hassen - A questão não é ser a favor ou contra o distanciamento do jeito que ele está hoje. Para nos posicionarmos nesse momento é necessário adotar medidas, e para discordar das medidas vigentes tenho que sugerir outro modelo, e não encontro hoje outro modelo que possa nos guiar. A situação muda a cada semana, mudam as bandeiras porque mudam os números, e a gente tem que ir se adaptando a eles porque a prioridade nesse momento tem que ser preservar as vidas e manter as possibilidades de atendimento das pessoas que são contaminadas.
JC - Como está o combate à pandemia no Vale do Taquari?
Hassen - Na primeira semana da bandeira vermelha, o Vale se mobilizou. Só em Taquari abrimos 10 leitos novos com recursos do município, e colocamos o sistema do Estado para toda a região, assim como Encantado e Lajeado também fizeram. Temos conseguido nos manter na bandeira laranja com um esforço coletivo enorme, não só dos administradores, mas da população. Cada semana é um desafio diferente, e temos que trabalhar muito para manter os níveis baixos. É difícil, a possibilidade de contaminação aumenta, e temos que ter consciência de que é muito delicado. Por isso, o diálogo, a solidariedade e a paciência são fundamentais.
JC - Quais são as principais demandas dos municípios para o próximo ano?
Hassen - A principal delas é relacionada à diminuição dos recursos municipais, porque isso acaba impactando todas as políticas públicas. Este também é um ano eleitoral, e a Famurs vai participar ativamente com a Justiça Eleitoral, Ministério Público e demais poderes para organizar o processo da melhor maneira possível com as restrições que estamos vivendo. Além disso, temos a votação do Fundeb, que é algo fundamental para os municípios e precisa ser renovado.
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