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Política

- Publicada em 15 de Junho de 2020 às 03:00

Domingo tem atos pró e contra o governo Bolsonaro no País

Manifestantes saíram da Redenção e, caminhando pelas avenidas João Pessoa e Loureiro da Silva, foram até o Largo Zumbi dos Palmares | Divulgação/Coletivo Alicerce/JC

Manifestantes saíram da Redenção e, caminhando pelas avenidas João Pessoa e Loureiro da Silva, foram até o Largo Zumbi dos Palmares | Divulgação/Coletivo Alicerce/JC


/Divulgação/Coletivo Alicerce/JC
Marcus Meneghetti
O domingo foi marcado por novos atos contra e a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em São Paulo, com tempo frio e garoa, os protestos foram esvaziados, tanto contra o presidente como a favor dele. Os opositores se reuniram na Avenida Paulista e somaram cerca de mil pessoas, segundo a Polícia Militar (PM). Do lado dos apoiadores, 100 pessoas, de acordo com a PM, se manifestaram no Viaduto do Chá. Em Brasília, apoiadores do presidente se reuniram em frente ao Quartel General do Exército. 

O domingo foi marcado por novos atos contra e a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em São Paulo, com tempo frio e garoa, os protestos foram esvaziados, tanto contra o presidente como a favor dele. Os opositores se reuniram na Avenida Paulista e somaram cerca de mil pessoas, segundo a Polícia Militar (PM). Do lado dos apoiadores, 100 pessoas, de acordo com a PM, se manifestaram no Viaduto do Chá. Em Brasília, apoiadores do presidente se reuniram em frente ao Quartel General do Exército. 

Em Porto Alegre, pelo segundo domingo consecutivo, manifestantes saíram às ruas para protestar contra o racismo e contra o governo Bolsonaro. O grupo se reuniu no Parque da Redenção no início da tarde e marchou até o largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa. Os participantes usavam máscaras de proteção e tentavam manter distância entre cada indivíduo, por conta da pandemia de coronavírus.

As manifestações na capital gaúcha se iniciaram depois que George Floyd foi assassinado por um policial de Minneapolis, nos EUA, desencadeando uma onda de protestos pelo mundo. Algumas palavras de ordem dos manifestantes porto-alegrenses, assim como cartazes, faziam menção ao movimento norte-americano. Por exemplo, um cartaz traduzia o lema dos manifestos norte-americanos: "Vidas negras importam". Também traduziram algumas palavras de ordem: "Sem justiça, sem paz!".

Outra semelhança com as manifestações nos Estados Unidos eram as críticas à violência policial. Por isso, enquanto eram acompanhados de perto por policiais da Brigada Militar, os manifestantes gritavam: "Que hipocrisia! Essa polícia mata negros todo dia". Segundo o Atlas da Violência, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 65.602 pessoas foram assassinadas no Brasil em 2017. Desse total, 75,5% eram negros (46.217 homens e 3.288 mulheres).

Também havia diferenças em relação aos protestos do Hemisfério Norte. Enquanto os negros norte-americanos se manifestaram a partir do assassinato de Floyd, os manifestantes brasileiros lembraram a morte da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) - negra assassinada por milicianos cariocas, conforme apontam as investigações.

Além disso, alguns militantes lembraram que há diferenças entre a realidade brasileira e a norte-americana: os negros compõe a maior parte da sociedade brasileira (55% da população, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, de 2017); nos Estados Unidos, os negros são minoria (12,3% da população, conforme o censo do governo norte-americano).

No final do protesto, os manifestantes ocuparam todo o largo Zumbi dos Palmares, onde algumas lideranças discursaram. Os relatos de episódios de racismo foram muitos até o fim do ato.

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