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Política

- Publicada em 29 de Maio de 2020 às 03:00

Sob temor de 'crise sem precedente', Alcolumbre intervém

Afirmando temer o que chamou de "crise sem precedentes", o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi ao Palácio do Planalto nesta quinta-feira em uma tentativa de pacificar a relação entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Supremo Tribunal Federal (STF). A apuração é da Folha de S.Paulo.

Afirmando temer o que chamou de "crise sem precedentes", o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foi ao Palácio do Planalto nesta quinta-feira em uma tentativa de pacificar a relação entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Supremo Tribunal Federal (STF). A apuração é da Folha de S.Paulo.

Sem agenda pública nesta tarde, o gabinete de Bolsonaro, no terceiro andar do Planalto, estava abarrotado de militares e civis, como os ministros Paulo Guedes (Economia), André Mendonça (Justiça), José Levi (AGU) e Fernando Azevedo e Silva (Defesa), além do deputado Helio Lopes (PSL-RJ), aliado do presidente. O clima, segundo relatos, era de tensão. Bolsonaro já havia demonstrado sua irritação mais cedo, pela manhã, quando o presidente da República disse a jornalistas que "ordens absurdas não se cumprem".

Diante da crescente apreensão, Alcolumbre conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com ministros do STF e parlamentares e se colocou como bombeiro para tentar conter um estrago maior. Com a anuência dos demais, o presidente do Senado pediu a audiência com Bolsonaro, que o recebeu por cerca de uma hora nesta tarde. Parte da reunião foi fechada, mas outra foi diante de mais pessoas.

Segundo relatos feitos à reportagem, Alcolumbre disse que era preciso calma e responsabilidade. Alegou que o Congresso estava sendo responsável, mas que era preciso o mesmo do Executivo e do Judiciário. Bolsonaro reclamou, então, do que considera excessos do Supremo.

Alcolumbre insistiu na necessidade de pacificação para evitar uma crise sem precedentes, observação à qual, de acordo com presentes, Bolsonaro reagiu em silêncio. O presidente do Senado saiu do Planalto com a sensação de que, ao menos nas próximas horas, Bolsonaro não tomaria nenhuma medida extremada.

"Levei uma mensagem para o presidente, ele se solidarizou com a mensagem. Então agora é calma. Serenidade e calma, porque nenhum lado vai vencer se um estiver enfraquecido", disse Alcolumbre a senadores após a reunião. Aos pares, o presidente do Senado disse que a conversa foi "boa, muito franca".

Durante a reunião, Alcolumbre não disse aos senadores se irá convocar o ministro da Educação para prestar esclarecimentos, como foi aprovado em requerimento em plenário pelos parlamentares.

Além de demonstrar indignação com a operação policial ordenada pelo STF ter atingido empresários, políticos e ativistas bolsonaristas na quarta-feira, o presidente manifesta irritação com a possibilidade de prisão de seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, caso se recuse a cumprir determinação do STF para prestar depoimento.

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