Duas frentes de trabalho vão nortear as ações do novo presidente da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Maneco Hassen (PT), prefeito de Taquari. Ele substituirá o atual presidente, Dudu Freire (PDT), de Palmeira das Missões. Hassen diz que vai priorizar a busca por recursos para que os municípios enfrentem uma crise dupla: o baque nas economias causadas pela estiagem e os muitos danos oriundos da pandemia. Para Hassen, há muitas promessas e pouca ação efetiva de apoio aos gestores municipais.
"Isso tanto por parte do Estado quanto do governo federal. O projeto aprovado no Senado há mais de duas semanas, que prevê R$ 125 bilhões para ajudar estados e municípios, está esperando a sanção presidencial, e não vejo nenhuma mobilização para acelerar isso.".
Já por parte do Palácio Piratini Hassen espera recursos que permitam às prefeituras executar obras em açudes e canalização de água, por exemplo. Sobre as ações do governo no regramento para conter o avanço da Covid-19 - que inicialmente gerou divergências entre prefeitos e o governador Eduardo Leite (PSDB), com sobreposição de decretos e regras -, Hassen avalia que se chegou a um bom modelo. "É um decreto de monitoramento por bandeiras e regiões, é consistente e permite ter alguma previsibilidade. Se pode ou não concordar 100% com ele, mas é baseado em dados."
Agora, diz o prefeito, é necessário parcerias do Estado e da União para amenizar problemas como a estiagem, que vem impactando o Interior desde o final do ano passado.