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Política

- Publicada em 02 de Maio de 2020 às 21:29

Moro depõe por mais de sete horas na PF em Curitiba

Ex-ministro acusou o presidente Bolsonaro de tentar interferir na autonomia da PF

Ex-ministro acusou o presidente Bolsonaro de tentar interferir na autonomia da PF


MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL/JC
O depoimento do ex-ministro da Justiça Sergio Moro na Polícia Federal (PF) em Curitiba já dura mais de sete horas. Ele chegou ao prédio da PF por volta das 13h15min, mas entrou pelos fundos, frustrando a expectativa de manifestantes a seu favor e contra que aguardavam no local. O depoimento começou por volta das 14h e até 21h30min não havia encerrado.
O depoimento do ex-ministro da Justiça Sergio Moro na Polícia Federal (PF) em Curitiba já dura mais de sete horas. Ele chegou ao prédio da PF por volta das 13h15min, mas entrou pelos fundos, frustrando a expectativa de manifestantes a seu favor e contra que aguardavam no local. O depoimento começou por volta das 14h e até 21h30min não havia encerrado.
A oitiva foi marcada após o ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), dar o prazo de cinco dias para a corporação ouvir o ex-ministro sobre as acusações feitas contra o presidente Jair Bolsonaro ao pedir demissão no último dia 24.
Moro acusou o chefe do Executivo de tentar interferir na autonomia da PF para ter acesso a relatórios de inteligências e a investigações em curso, o que não é permitido pela legislação. Para isso, Bolsonaro queria exonerar Maurício Valeixo do comando da instituição, o que gerou o atrito com o então ministro Moro, e nomear alguém que tivesse relação direta. 
Ao se despedir do governo, o ex-juiz da Lava Jato disse que o desejo do chefe do Executivo era indicar Alexandre Ramagem para o comando do órgão. Ramagem foi chefe da segurança de Bolsonaro após ele ter sido eleito presidente, quando se aproximou da família se tornou amigo do vereador Carlos Bolsonaro, investigado pela PF sob suspeita de articular esquema de disseminação em massa de informações falsas.
Manifestantes pró-Moro e contra o ex-juiz, a favor do presidente Bolsonaro, passaram o dia em frente ao prédio da Polícia Federal. Desde a manhã, com alguns momentos de tensão entre os dois grupos e ataques contra a imprensa, cerca de 50 manifestantes se aglomeram no local, que também já abrigou a vigília em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto ele estava preso.
De um carro de som, os militantes pró-governo, mais numerosos, cantaram o hino nacional e gritavam palavras de ordem contra Moro, chamado na maior parte do tempo de traidor. 
De outro lado, apoiadores da operação Lava Jato tentam contrapor o discurso majoritário.
A imprensa também foi atacada. Um dos manifestantes empurrou a câmera do cinegrafista da RIC, afiliada da rede a Record no Paraná, e iniciou uma confusão. Com um bandeira do Brasil, ele gritava palavras de ordem contra a Rede Globo. Ele foi contido por policiais e deixou o local.
Depois do episódio, a polícia resolveu separar o espaço em frente ao prédio da PF. De um lado, estão os apoiadores de Moro. De outro, de Bolsonaro. O espaço central ficou com a imprensa.
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