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Política

- Publicada em 23 de Abril de 2020 às 18:30

Assessores do Planalto buscam solução de consenso na PF para Moro ficar

Rede bolsonarista acusa o ex-juiz da Lava Jato de não defender publicamente o presidente na crise do novo coronavírus

Rede bolsonarista acusa o ex-juiz da Lava Jato de não defender publicamente o presidente na crise do novo coronavírus


EVARISTO SA/AFP/JC
Após o pedido de demissão feito por Sergio Moro, militares aliados a Bolsonaro tentavam, na tarde desta quinta-feira (23), convencer o ministro da Justiça a aceitar um meio termo: permanecer no cargo e indicar o substituto de Maurício Valeixo na Polícia Federal (PF).
Após o pedido de demissão feito por Sergio Moro, militares aliados a Bolsonaro tentavam, na tarde desta quinta-feira (23), convencer o ministro da Justiça a aceitar um meio termo: permanecer no cargo e indicar o substituto de Maurício Valeixo na Polícia Federal (PF).
A ofensiva tem sido capitaneada pelos ministros da Casa Civil, Braga Netto, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.
Moro pediu demissão a Bolsonaro ao ser informado pelo presidente da decisão de trocar a diretoria-geral da PF. Um nome que conta com a simpatia do ex-juiz da Lava Jato, segundo aliados do ministro, é o do diretor do Depen, Fabiano Bordignon. 
Desde o ano passado, o presidente já defendia uma troca no comando da PF. Moro, no entanto, resistia a uma mudança e chegou a dizer a Bolsonaro que ela não seria bem recebida pela corporação. Para evitar um desgaste com o ministro, o presidente decidiu deixá-la para este ano.
A mudança voltou a ser cogitada há duas semanas, em meio à crise de Bolsonaro com o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM).
A rede bolsonarista já vinha acusando o ex-juiz da Lava Jato de não defender publicamente o presidente na crise do novo coronavírus. Em paralelo, Moro vinha fazendo publicações em suas redes sociais defendendo o isolamento social, na contramão de seu chefe.
Em reunião reservada no Planalto, enquanto havia um temor sobre o futuro de Mandetta, o presidente disse a pessoas próximas em 6 de abril que haveria uma mudança no Ministério da Justiça, mas não deu detalhes.
Se a troca no comando da PF for confirmada, o nome favorito de Bolsonaro para comandar o órgão é o do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.
Ele é delegado da Polícia Federal, atuou na segurança de Bolsonaro logo após as eleições presidenciais de 2018 e se tornou seu amigo. São frequentes as idas de Ramagem ao Palácio da Alvorada nos fins de semana, sem que haja previsão de agenda oficial entre eles.
Apesar do esforço da ala militar, também são cogitados outros nomes para o lugar de Moro, como o do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.
Ele esteve no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (22), onde teve audiência com o ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira. Ele conta com apoio na bancada federal da segurança pública.
O chefe de Torres, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, também esteve no Planalto na quarta, em agenda com Bolsonaro. Na sequência, Ibaneis participou de entrevista coletiva ao lado de ministros do governo.
Caso o secretário do DF seja escolhido, aumenta a probabilidade da Segurança Pública ser separada da Justiça, voltando a ser uma pasta ministerial, alternativa aventada por Bolsonaro no ano passado.
Para o posto, o nome favorito do presidente é o de seu amigo e ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF).
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