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Política

- Publicada em 23 de Abril de 2020 às 03:00

Bolsonaro perde a paciência e dá respostas ríspidas a apoiadores

Em meio à crise do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem dado demonstrações de impaciência com seus apoiadores. As respostas ríspidas, antes reservadas apenas aos jornalistas, agora são dadas também a pessoas que integram a claque que costuma ir à portaria do Palácio da Alvorada para chamá-lo de mito, rezar por ele e também fazer pedidos.
Em meio à crise do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem dado demonstrações de impaciência com seus apoiadores. As respostas ríspidas, antes reservadas apenas aos jornalistas, agora são dadas também a pessoas que integram a claque que costuma ir à portaria do Palácio da Alvorada para chamá-lo de mito, rezar por ele e também fazer pedidos.
Nesta quarta-feira, um senhor começou a falar pedindo que Bolsonaro desse atenção aos lotéricos do País. Bolsonaro logo interveio. "O senhor não está acompanhando os lotéricos, então. Com todo respeito. Nós convidamos vocês, demos uma cesta de vantagens sem vocês pedirem nada. O pessoal, 98% ficou satisfeito. Fecharam as lotéricas. Fiz um decreto, abri 3 mil loterias fechadas. Então, não sei mais o que o senhor quer", disse o presidente.
Logo depois, foi chamado por um outro homem que pediu que o presidente gravasse vídeo de apoio a uma "maratona verde" de plantio de árvores em Londrina (PR). Outra resposta ríspida. "Quando eu convido, estou presente. Não tem como", afirmou Bolsonaro, ao justificar a negativa ao apoiador.
Na segunda-feira, ao tentar minimizar as críticas que vinha recebendo pela participação em um ato pró-golpe militar, Bolsonaro deu um pito em um apoiador que pedia o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Esquece esta conversa de fechar. Aqui não tem que fechar nada, dá licença aí. Aqui é democracia. Aqui é respeito à Constituição brasileira. E aqui é a minha casa e a tua casa, então peço que, por favor, não se fale isso aqui", afirmou Bolsonaro.
Na quarta-feira da semana passada, Bolsonaro ouviu cobranças de apoiadores aglomerados e não escondeu seu incômodo. "Pessoal, se eu parar aqui para ouvir cada um com um problema, não paro mais", disse.
Na manhã de 6 de abril, o presidente também perdeu a paciência com um homem que falava contra a prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). "Chefe, o que o senhor quer, eu concordo, mas passa pelo Parlamento. O Parlamento negou várias vezes o que o senhor quer. Dá para entender que não é uma canetada minha?", disse o presidente, diante da insistência do apoiador.
Em algumas ocasiões, Bolsonaro também pediu rapidez a religiosos que anunciam que vão fazer alguma oração por ele.
O humor de Bolsonaro com os militantes começou a mudar com o agravamento da crise do novo coronavírus e chegou ao ápice durante o processo de fritura e demissão do então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
 
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