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Manifestações

- Publicada em 20 de Abril de 2020 às 03:00

Atos defendem volta da ditadura no Brasil e fim do isolamento social

Carreata pela reabertura do comércio passou pelo Parcão, na Capital

Carreata pela reabertura do comércio passou pelo Parcão, na Capital


/THIAGO COPETTI/ESPECIAL/JC
O fim de semana em Porto Alegre foi marcado por manifestações organizadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro - que pediam a volta da ditadura militar no Brasil e o fim das medidas de isolamento social adotadas pelo governo do Estado e da Capital, para combater a pandemia de coronavírus no Rio Grande do Sul.
O fim de semana em Porto Alegre foi marcado por manifestações organizadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro - que pediam a volta da ditadura militar no Brasil e o fim das medidas de isolamento social adotadas pelo governo do Estado e da Capital, para combater a pandemia de coronavírus no Rio Grande do Sul.
No domingo, manifestantes se reuniram em frente ao Comando Militar do Sul, localizado na Rua dos Andradas, para pedir a intervenção militar no Brasil. Muitos ativistas queriam o fechamento do Congresso Nacional. Outros pediam que as medidas de isolamento social contra a Covid-19 valessem apenas para os grupos de risco, como idosos e pacientes em tratamento contra o câncer.
Muitos manifestantes a favor da ditadura acusavam os defensores do isolamento social - como o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) e o governador do Estado Eduardo Leite (PSDB) - de tentarem implementar um regime autoritário. As medidas de afastamento social são recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros especialistas.
Equipados com um carro de som, os ativistas fecharam a rua e a calçada em frente ao edifício do comando militar. Os alto-falantes reproduziam jingles da ditadura militar, como a música dos Incríveis, "Eu te amo, meu Brasil". Os manifestantes vestiam camisetas da seleção brasileira e portavam bandeiras do Brasil. Também usavam máscaras de proteção contra o coronavírus. Seguravam faixas com frases como "Intervenção Militar com Bolsonaro".
No sábado, houve uma carreata contra as medidas de isolamento social, a chamada Carreata Verde e Amarela. Manifestações móveis puxadas pelo movimento têm sido frequentes para defender a reabertura do comércio, que sofre restrições devido à pandemia de coronavírus.

Segundo a organização do evento, a carreata reuniu cerca de 300 carros. A concentração para a manifestação sob rodas foi em frente ao DC Shopping, próximo à
BR-290. A saída dos manifestantes se iniciou às 10h, e a carreata seguiu pela avenida Farrapos em direção ao Centro Histórico. Após passar pelo Centro, a carreata seguiu para a avenida Ipiranga, movimentando-se em sentido Centro-bairro, e chegou até a avenida Goethe, nas proximidades do parque Moinhos de Vento - o Parcão - no bairro de mesmo nome.

Manifestações pró-Bolsonaro se repetiram por diversas cidades do Brasil, como em São Paulo, na avenida Paulista.

Repórter fotográfico é agredido durante protesto em Porto Alegre

Durante a manifestação realizada neste domingo, em frente ao Comando Militar do Sul, onde um grupo de pessoas pediu intervenção militar no Brasil, um repórter fotográfico foi agredido enquanto fazia a cobertura do evento. A Associação Riograndense de Imprensa (ARI) divulgou uma nota, condenando a agressão sofrida pelo jornalista Jefferson Botega, repórter fotográfico de Zero Hora. "Um pequeno grupo, com propostas que ferem à Constituição Federal, agride a democracia ao intimidar a imprensa no justo momento em que a população brasileira tanto precisa do jornalismo", diz a nota da ARI.