Pelo menos quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (SFT) saíram em defesa do ministro da Saúde do governo federal, Luiz Henrique Mandetta, tarde desta quarta-feira. Na manhã desta quarta-feira (15), o Palácio do Planalto foi surpreendido com o pedido de demissão do secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, em meio a especulações sobre a demissão de Mandetta do cargo.
Horas depois, no plenário do STF, o presidente da corte, Dias Toffoli, chegou a dizer que Mandetta é, atualmente, a única pessoa "inamovível" da república do País.
Toffoli lembrou que, há cerca de um mês, Mandetta se reuniu por quase três horas com os ministros da corte para falar sobre a pandemia. A reunião contou com a presença do procurador-geral da República, Augusto Aras, e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
"Sua excelência demonstrou a sua competência, a sua profundidade no conhecimento. (Demonstrou) o acompanhamento diário que ele tem mundial e a legitimidade que o sistema de saúde do Brasil tem diante do mundo. E não só cuidando do Brasil, mas auxiliando países da África, e sendo o sistema de saúde central para a América do Sul", disse o ministro, que concluiu: "Não é pouca coisa".
Também o ministro Alexandre de Moraes defendeu Mandetta: "Aqui faço questão de parabenizar o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, pela liderança técnica e efetiva nessa crise".
O ministro Gilmar Mendes, que também já havia defendido o ministro em outras ocasiões, também dedicou parte de sua fala para elogiar a condução dos trabalhos de Mandetta. "Eu também não queria deixar de encerrar a discussão sem falar da atuação do ministro da Saúde. Acho que todos nós, que ouvimos a sua exposição na segunda-feira, ficamos impressionados com a qualidade técnica, com a responsabilidade, com o senso de humanidade dele".
Em seguida foi a vez de Luiz Fux, que classificou a reunião com o ministro da Saúde como uma "verdadeira aula".