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Política

- Publicada em 14 de Abril de 2020 às 21:25

Balanço geral de 2019 no RS tem déficit de R$ 3,4 bilhões

Documento foi entregue pelo governador ao líder do governo na Assembleia em formato digital

Documento foi entregue pelo governador ao líder do governo na Assembleia em formato digital


FELIPE DALLA VALLE/DIVULGAÇÃO/JC
O Balanço Geral do Estado, referente ao exercício de 2019, foi entregue nesta terça-feira (14) pelo governador Eduardo Leite (PSDB) ao líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Frederico Antunes (PP). O presidente da Casa, deputado Ernani Polo, não pode comparecer ao Palácio Piratini em decorrência de outro compromisso. O contador e auditor-geral do Estado, Rogério Meira, e o chefe da Divisão de Informação e de Normatização Contábil, Felipe Bittencourt, também participaram do ato. O documento, que antes era publicado em cinco livros impressos, foi entregue sob o formato de um pendrive.
O Balanço Geral do Estado, referente ao exercício de 2019, foi entregue nesta terça-feira (14) pelo governador Eduardo Leite (PSDB) ao líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Frederico Antunes (PP). O presidente da Casa, deputado Ernani Polo, não pode comparecer ao Palácio Piratini em decorrência de outro compromisso. O contador e auditor-geral do Estado, Rogério Meira, e o chefe da Divisão de Informação e de Normatização Contábil, Felipe Bittencourt, também participaram do ato. O documento, que antes era publicado em cinco livros impressos, foi entregue sob o formato de um pendrive.
O ano de 2019 fechou com déficit orçamentário de R$ 3,4 bilhões (ou R$ 3,2 bilhões, sem considerar as receitas e despesas intraorçamentárias), que corresponde a 0,7% do PIB gaúcho. O resultado foi quase R$ 2 bilhões menor do que o déficit previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2019, ajustada para considerar o efeito da prorrogação até dezembro de 2020 das alíquotas extraordinárias do ICMS que se encerravam em 2018.
A Receita Total atingiu R$ 70,4 bilhões, um crescimento nominal de 5,7% sobre 2018, acima da inflação anual medida pelo IPCA (4,31%). Neste mesmo período, a Despesa Total Empenhada elevou-se em 6,5%, atingindo R$ 73,8 bilhões, consolidando um déficit orçamentário total de R$ 3,4 bilhões, R$ 695 milhões acima de 2018, variação essa diretamente relacionada ao crescimento do déficit previdenciário do Plano Financeiro, que aumentou R$ 821 milhões no ano.
Em termos das Despesas, o principal grupamento segue sendo o de Pessoal, com um crescimento nominal de 6,7% (cerca de 2,5% em termos reais), mantendo a trajetória dos anos anteriores de aumento vegetativo mesmo sem reajustes anuais do funcionalismo.

Déficit previdenciário é de R$ 12,5 bilhões

Dentro do conjunto das Despesas de Pessoal, a questão previdenciária manteve-se como um elemento chave no déficit do Estado. O Plano Financeiro apresentou um déficit de R$ 12,5 bilhões, com um crescimento de 7,1% sobre o ano de 2018, representando um crescimento real de 3% em relação ao IPCA do período e acima do crescimento das despesas de pessoal como um todo, conforme visto acima. Somando o aporte financeiro e as contribuições patronais, o Tesouro Estadual cobriu 89,4% das despesas de R$ 17,3 bilhões do Plano Financeiro.

Gastos com saúde e educação

O Estado cumpriu com as aplicações mínimas previstas na Constituição Federal em educação (25%) e saúde (12%), atingindo 27,3% e 12,1% da Receita Líquida de Impostos e Transferências (RLIT), respectivamente, percentuais idênticos ao ano de 2018. O mínimo anual de aplicação de 60% do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) na remuneração dos professores da rede básica foi atingido, completando 65,01%.
Em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o Rio Grande do Sul permanece acima do limite máximo da Dívida Consolidada Líquida (200% da Receita Corrente Líquida – RCL), encerrando o ano em 224,38%, relativamente estável em relação a 2018 (222,90%). O limite máximo de 16% da RCL para receitas de novas operações de crédito foi amplamente observado. Impedido de contratar novas operações de crédito, exceto em situações especiais, o Estado vem apenas recebendo as últimas liberações de operações assinadas em anos anteriores e assim essas entradas foram de apenas 0,46% da RCL.
O indicador de despesas de pessoal evoluiu positivamente ao final de 2019, fazendo com que o Poder Executivo fique abaixo do limite prudencial após quatro quadrimestres, encerrando o ano com 45,60% contra 46,59% em 2018. Considerando todos os Poderes, esse indicador fica em 53,61% frente a 54,47% no final do exercício anterior. Ressalte-se que esses valores seguem os critérios de cálculo do Tribunal de Contas do Estado e divergem da apuração feita pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
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