Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 12 de Abril de 2020 às 20:14

Jair Bolsonaro visita obra de hospital e provoca novas aglomerações

Mandetta (d) e Caiado (c) criticaram proximidade entre apoiadores

Mandetta (d) e Caiado (c) criticaram proximidade entre apoiadores


/MARCOS CORRÊA/PR/JC
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mais uma vez ignorou orientações de autoridades sanitárias no enfrentamento ao coronavírus e promoveu aglomerações neste sábado ao visitar a recém-iniciada obra de um hospital de campanha em Águas Lindas de Goiás, município a 57 km de Brasília.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mais uma vez ignorou orientações de autoridades sanitárias no enfrentamento ao coronavírus e promoveu aglomerações neste sábado ao visitar a recém-iniciada obra de um hospital de campanha em Águas Lindas de Goiás, município a 57 km de Brasília.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), que acompanhou de longe as aglomerações, criticou o comportamento do presidente. Mandetta viveu nos últimos dias momentos de intenso embate com Bolsonaro, correu risco de demissão, mas segue no cargo após conversa direta com o presidente.
Neste sábado, autoridades e convidados se aglomeraram na chegada do presidente ao canteiro de obras da unidade emergencial. Do lado de fora, dezenas de pessoas se amontoaram próximo ao terreno.
Os apoiadores gritavam a favor de Bolsonaro e contra a imprensa e o governador Ronaldo Caiado (DEM), que rompeu politicamente com o presidente por discordar de sua postura no enfrentamento da crise.
Assim que desceu do helicóptero, Bolsonaro subiu em um barranco e foi até um grupo próximo a um cordão de isolamento. Em seguida, aproximando-se de Caiado, brincou com o governador, que estendeu um pote de álcool em gel ao presidente.
Após a partida do presidente, Mandetta condenou a aglomeração de pessoas. "Posso recomendar, não posso viver a vida das pessoas. Pessoas que fazem uma atitude dessas hoje daqui a pouco vão ser as mesmas que vão estar lamentando", afirmou o ministro.
Caiado também falou em tom crítico à atitude de Bolsonaro em Águas Lindas de Goiás. "Ele (Bolsonaro) que deverá explicar esta situação. Esta posição não foi a minha. Ele é o presidente, e eu sou o governador. A minha posição foi a que vocês acompanharam. Esta é a posição que manteremos até o dia 19", afirmou o governador de Goiás, mencionando a data em que o estado deve começar a flexibilizar o isolamento social em algumas regiões.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO