O ministro da Justiça, Sérgio Moro, decidiu politizar o fim do motim de policiais militares do Ceará, ocorrido na noite de domingo, após 13 dias de paralisação. Nas redes sociais, o ministro disse que "prevaleceu o bom senso", "sem radicalismos", mesmo após 241 pessoas terem sido assassinadas no estado durante nove dias de motim.
"O governo federal esteve presente, desde o início, e fez tudo o que era possível dentro dos limites legais e do respeito à autonomia do estado. Prevaleceu o bom senso, sem radicalismos", afirmou. Ele também ressaltou que a crise na segurança pública "só foi resolvida pela ação do governo federal" e disse que ela foi solucionada "apesar dos Gomes", compartilhando um comentário do ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT).
"Explorar politicamente o episódio, ofender policiais ou atacá-los fisicamente só atrapalhou. Apesar dos Gomes, a crise foi resolvida", afirmou o ministro.
Durante o motim, o ex-governador do Ceará Cid Gomes (PDT) foi atingido por dois tiros quando tentou entrar com uma retroescavadeira em um batalhão tomado por policiais amotinados em Sobral (CE).
Em mensagem, seu irmão Ciro disse que, no Ceará, manda a lei e chamou Moro de "capanga". O ministro reagiu à crítica e disse que "o governo federal não falta ao Ceará".