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Política

- Publicada em 28 de Fevereiro de 2020 às 03:00

Equipe econômica teme que atritos afetem reformas

A equipe econômica teme que as tensões entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Congresso Nacional possam afetar o ritmo de avanço das reformas. Apesar disso, a visão é que as pautas da área, por ora, estão blindadas. O receio é manifestado no momento em que o coronavírus chega ao Brasil. A nova doença eleva as preocupações sobre possíveis impactos na economia do país.
A equipe econômica teme que as tensões entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Congresso Nacional possam afetar o ritmo de avanço das reformas. Apesar disso, a visão é que as pautas da área, por ora, estão blindadas. O receio é manifestado no momento em que o coronavírus chega ao Brasil. A nova doença eleva as preocupações sobre possíveis impactos na economia do país.
O mais recente episódio de embate ocorreu nesta semana no WhatsApp do presidente. Bolsonaro encaminhou a amigos vídeo que estimula a população a ir às ruas defendê-lo. A iniciativa, tomada enquanto ativistas preparam manifestações em apoio ao atual governo e com críticas ao Congresso, gerou reação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A visão na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, é que atritos como esse têm potencial para atrasar o ritmo de reformas. As propostas dependem do empenho dos congressistas. Guedes tem uma série de medidas de interesse na lista. Entre elas as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) de ajuste fiscal, as mudanças de regras no serviço público, as alterações no sistema tributário, a agenda de privatizações e a abertura do mercado de saneamento.
O compartilhamento do vídeo por Bolsonaro teve como ponto central um assunto envolvendo economia. A pauta de manifestações é pró-governo e contra o Congresso. A briga entre Executivo e Legislativo foi causada pelo embate sobre R$ 30 bilhões do chamado Orçamento impositivo. Congressistas querem ter controle sobre esse montante de recursos.
Na semana passada, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, foi flagrado dizendo que o governo estava sendo chantageado pelo Congresso.
Tanto Maia como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), repudiaram a fala de Heleno. Nesta quarta-feira, o senador não comentou o compartilhamento de vídeo por Bolsonaro. A imagem de Heleno passou a ser usada em mensagens de convocação para os atos do dia 15 de março.
Após o vazamento do áudio em que Heleno diz "foda-se" ao tratar do Congresso, Guedes classificou a disputa como natural. Ele, porém, também acabou fazendo críticas a deputados e senadores. "É normal que o Congresso queira entrar no Orçamento, mas espera aí. Não precisa pisar no nosso pé", disse, na quinta-feira, ao lado de Bolsonaro e ministros em evento no Palácio do Planalto.
A solução apresentada pelo ministro para a disputa orçamentária foi justamente avançar com as reformas. Ele defendeu a PEC do Pacto Federativo, que ajusta gastos obrigatórios e abre espaço para outras despesas. Sob pressão no governo para apresentar crescimento, o ministro pediu que o país persista na agenda das reformas para que a economia possa avançar 2% neste ano.
"Por isso que as reformas têm de seguir. As reformas estão nos dando essa folga, esse horizonte", disse o titular da área econômica na ocasião.
Além da PEC do Pacto Federativo citada por Guedes, uma das prioridades é a PEC Emergencial. Ela vai aciona medidas de ajuste de despesas em caso de situação fiscal crítica.
Estão incluídos no texto itens como a suspensão de reajustes para servidores e a permissão para reduzir em 25% a jornada dos funcionários públicos com redução proporcional dos vencimentos, além da suspensão de concursos.
Interlocutores de Bolsonaro tentam costurar acordo com líderes partidários para que uma parte dos recursos volte para as mãos de ministros, em vez de ficar sob controle de congressistas.
 
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