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Política

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2020 às 20:55

Secretário da PGR diz que não há iniciativa para federalizar caso Adriano

O miliciano e ex-PM assassinado é um dos principais suspeitos no caso Marielle Franco

O miliciano e ex-PM assassinado é um dos principais suspeitos no caso Marielle Franco


FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL/JC
O secretário de Direitos Humanos da Procuradoria-Geral da República (PGR), Ailton Benedito, disse que inexiste qualquer iniciativa de federalização da investigação sobre a morte de Adriano da Nóbrega, ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Rio, suspeito de liderar milícias e comandar assassinatos de aluguel. Segundo o G1, o perito particular Talvane de Moraes, contratado pela família, afirmou nesta sexta-feira (21) que, a princípio, não há indícios externos de tortura no corpo do ex-PM. A análise ainda não é conclusiva, e foi coletado material para exames laboratoriais.
O secretário de Direitos Humanos da Procuradoria-Geral da República (PGR), Ailton Benedito, disse que inexiste qualquer iniciativa de federalização da investigação sobre a morte de Adriano da Nóbrega, ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Rio, suspeito de liderar milícias e comandar assassinatos de aluguel. Segundo o G1, o perito particular Talvane de Moraes, contratado pela família, afirmou nesta sexta-feira (21) que, a princípio, não há indícios externos de tortura no corpo do ex-PM. A análise ainda não é conclusiva, e foi coletado material para exames laboratoriais.
Segundo a funerária Deus e Amor, de Nilópolis, Adriano foi enterrado nesta sexta no fim da tarde. A família não divulgou o local do enterro. O ex-PM, que recebeu homenagem da família Bolsonaro e conseguiu emprego para a mãe e a mulher no então gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), foi morto pela polícia da Bahia no dia 9. 
O presidente Jair Bolsonaro e o senador Flávio (sem partido-RJ) fizeram seguidas declarações nesta semana levantando suspeitas sobre a condução da polícia da Bahia e sobre as investigações da polícia fluminense. A ofensiva do presidente alimentou uma crise já em curso com governadores dos estados. 
A federalização de uma investigação, com a entrada da Polícia Federal (PF) no caso, é uma competência da PGR, que direciona os pedidos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). A área da PGR que cuida dos pedidos é a Secretaria de Direitos Humanos. 
- Por ora, não há nada sobre isso em curso na Secretaria de Direitos Humanos da PGR - disse Benedito. 
Perguntado sobre sua opinião a respeito dos desdobramentos da morte do ex-capitão, Benedito, apoiador de Bolsonaro nas redes sociais e crítico da esquerda, disse: 
- Não tenho opinião sobre esse episódio - respondeu. 
O próprio procurador-geral da República, Augusto Aras, entende que ainda é cedo para uma definição sobre pedir ou não a federalização do caso. Segundo manifestações de Aras em conversas com colegas no Ministério Público, é preciso que existam mais elementos para uma decisão nesse sentido.
Bolsonaro chegou a dizer que adotou "providências legais" para a realização de uma "perícia independente" que permita a elucidação do caso, mas sem esclarecer quais medidas tomou. O presidente lançou dúvidas sobre a isenção das investigações, com insinuação de que aparelhos celular de Adriano pudessem ser manipulados. 
Já Flávio compartilhou conteúdo em suas redes sociais para levantar a suspeita de que Adriano foi torturado antes de morrer. O governador da Bahia, Rui Costa (PT), disse que o vídeo é falso. 
Na terça-feira, a Justiça da Bahia determinou uma nova perícia no corpo de Adriano, a ser feita por peritos oficiais. O corpo do ex-PM foi liberado ontem à tarde do Instituto Médico Legal (IML), onde passou, na quinta-feira, por exames cadavéricos complementares. O corpo também foi examinado pelo legista Francisco Moraes Filho, contratado pela família de Adriano. O corpo deixou o IML às 16h45m, conforme o livro de óbitos da Polícia Civil.
Agência O Globo
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