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Política

- Publicada em 17 de Fevereiro de 2020 às 03:00

Presidente usa tom eleitoral contra pressões após morte de miliciano

"Quem é responsável pela morte do capitão Adriano? A PM da Bahia, do PT. Precisa falar mais alguma coisa?" As primeiras palavras de Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a morte do ex-capitão da PM Adriano Nóbrega, em entrevista à imprensa neste sábado (15), deram o tom da estratégia que o presidente lançaria mão para proteger a si próprio e a sua família em torno da proximidade com o miliciano.
"Quem é responsável pela morte do capitão Adriano? A PM da Bahia, do PT. Precisa falar mais alguma coisa?" As primeiras palavras de Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a morte do ex-capitão da PM Adriano Nóbrega, em entrevista à imprensa neste sábado (15), deram o tom da estratégia que o presidente lançaria mão para proteger a si próprio e a sua família em torno da proximidade com o miliciano.
Adriano foi morto no último domingo no município baiano de Esplanada, ao ser alvo de operação que envolveu as polícias baiana e fluminense. O presidente se manteve em silêncio sobre o tema por quase uma semana. Ele seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, só se pronunciaram quando apareceram evidências de que pode ter havido "queima de arquivo" ou uma eventual acerto de contas de milícias.
As investigações que envolvem seu primogênito são a principal causa de preocupação do presidente. A aliados, ele disse temer os desdobramentos das investigações e até a prisão do filho.
Na primeira vez em que falou sobre o assunto, Bolsonaro abriu duas frentes para se defender: driblou antigas convicções para colocar em xeque a gravidade da atuação criminosa do miliciano e adotou um tom eleitoral ao responsabilizar o PT pela morte de Adriano. 
Neste sábado, Bolsonaro despontou como um defensor dos direitos humanos ao criticar a polícia da Bahia por não ter preservado a vida do ex-capitão durante a operação. Normalmente, o presidente é um forte apoiador das polícias, mesmo quando suas ações resultam em mortes. 
À imprensa, não só responsabilizou o PT pela morte de Adriano, como também encaixou crítica ao PSOL. Após negar ter relações com a milícia, Bolsonaro acusou um líder do partido, sem citar nomes, de ser amigo de traficantes e bandidos. Em nota divulgada sábado, o presidente diz que o caso de Adriano é semelhante "à queima de arquivo do ex-prefeito Celso Daniel, onde seu partido, o PT, nunca se preocupou em elucidá-lo, muito pelo contrário". O caso do ex-prefeito de Santo André é lembrado por Bolsonaro todas as vezes que ele é cobrado pela relação dos seus familiares com a milícia. 
 
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