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Política

- Publicada em 06 de Fevereiro de 2020 às 03:00

Proteção a índios isolados fica com ex-evangelizador

A Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmou, nesta quarta-feira (5), a nomeação do ex-missionário evangélico Ricardo Lopes Dias para o cargo de coordenador-geral de proteção a índios isolados e de recente contato. Na semana passada, entidades e lideranças indígenas criticaram a eventual nomeação de Dias.
A Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmou, nesta quarta-feira (5), a nomeação do ex-missionário evangélico Ricardo Lopes Dias para o cargo de coordenador-geral de proteção a índios isolados e de recente contato. Na semana passada, entidades e lideranças indígenas criticaram a eventual nomeação de Dias.
A nomeação de Dias, que também é antropólogo, só foi possível porque o presidente da Funai, Marcelo Xavier, mudou o regimento interno do órgão permitindo que o cargo pudesse ser ocupado por pessoas de fora da administração pública.
Parte das críticas à nomeação de Dias se deve ao fato de ele ter sido ligado à Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB), entidade conhecida por seu trabalho de evangelização de indígenas, prática condenada por antropólogos e indigenistas.
Na semana passada, Ricardo Lopes Dias disse que, caso fosse nomeado para o cargo, não iria tentar converter indígenas. "Minha atuação vai ser técnica. Não vou promover a evangelização de índios", afirmou Dias.
A ida de um ex-missionário evangélico ao cargo responsável pela política direcionada aos índios isolados causou polêmica entre lideranças indígenas e organizações que atuam na defesa dos direitos dos índios.
"A gente teme que a chegada de um missionário evangélico possa mudar a política de respeito às crenças dos isolados, que precisam ter a sua tradição respeitada. Os índios já sofreram demais com missionários que condenavam as religiões indígenas e tentaram nos converter", afirma Paulo Tupiniquim, coordenador-executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
 
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